domingo, 24 de setembro de 2017

LORENZO, O FIM PASSIONAL


Lorenzo é um rapaz sempre passional nos seus dezesseis anos,  sempre fora passional desde quando era criança, adorava brincar, correr e quanto mais crescia pior ele ficava. Ele é bem magro, baixo, usa um cabelo tipo moicano com as pontas de um loiro amarelado, usa um bigode fino e apaixonou-se quase veneramente por Sophie, uma bela moça, de estilo rockeiro. Ela vivia falando sobre músicas de rock e ele ouvia o tempo todo em seus fones de ouvido, já havia decorado a maioria das favoritas dela. Era uma paixão sem limite algum, mas ela o achava sinistro demais, ela sentia medo dele e ele não tinha nada a ver com ela.
Um belo dia ele a viu ficando com outro garoto do estilo dela e Lorenzo ficou louco de ciúmes. Ele não poderia fazer nada com ela, que era sua diva, nem com o carinha, então só restava sumir daquele mundo, já que não podia tê-la com ele e começou pesquisar vários meios de acabar com sua própria vida. Algo doloroso que o faria se crucificar por não ter capacidade de fazê-la ama-lo?ou algo indolor e rápido, para fazê-lo sofrer menos? Não queria fazer aquilo em sua casa, seria muito doloroso para sua família olhar naquele quarto ou banheiro e vê-lo morto, mas precisava encontrar o lugar perfeito urgentemente. Ele não suporta mais viver sem tê-la ao seu lado, era melhor acabar logo com tanto sofrimento,  tanta angústia no peito. Ele descobriu uma casa abandonada no centro da cidade, um lugar perfeito para seguir seu plano e partir desse mundo. Ele deixou uma carta bem emocionante para seus pais e irmão sobre o quanto os amava e pedia perdão por estar fazendo o que iria fazer, mas que não suportava mais aquele mundo e aquela angústia.
Ele foi para a casa abandonada, tomou cinco comprimidos do antidepressivo da mãe  e enquanto não fazia efeito ele escreveu a carta para Sophie  dizendo o quanto a amava e que por não suportar mais vê-la com outro e o evitando feio bicho  horrendo e bravo ele iria partir e para sempre.  Ele meio embriagado por causa dos remédios pôs a carta já endereçada na caixa de coleta e voltou para a casa velha, arrumou a corda  e a amarrou no pescoço, quando viu que estava num sono insuportável ele empurrou o banquinho e enfim realizou seu desejo.
Foi um dia de muita tristeza e sentimento de culpa por parte dos pais que se puniam severamente pelo que o filho fez, e na carta estava dizendo onde seu corpo estava e correram para lá chamando a polícia, necrotério e todas aquelas coisas que envolvem morte... Tristeza, choro, silêncio fúnebre devido o ocorrido. Sophie assistia a certa distância aquele enterro com lágrimas no rosto e culpa no coração, pedindo a Deus que os perdoasse. Ela por ter feito ele chegar àquele ponto, mesmo sem querer e ele por ter feito aquilo. Um dia todos irão se perdoar, pois nenhum na verdade teve culpa dele ser quem era e nem de sua louca obsessão por ela. Ela e nem ninguém é obrigado a corresponder ao sentimento do outro, se é que o que ele dizia sentir era realmente amor, mas agora tanto sua família quanto Sophie tentam seguir em frente.

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