Mais um ano que está acabando e outro iniciando.
Mais um ano que finda e a esperança está no auge.
Muitos planos, especialmente se ganhar na mega da virada, metas, sonhos em pauta.
Se eles serão postos em prática, são outros 500.
Ano novo de expectativas, de se arrumar, de esperar pela virada.
Eu só sei que quero mais...
Ter mais espaço, mais coragem, paciência, autoestima, confiança...
Enfim, quero mais de mim, ser melhor.
Quero ser feliz.
O que é orgulho?
Querer fazer o que pode sem pedir por ajuda é orgulho?
Acho que vários me acham orgulhosa então.
E talvez eu até seja nesse sentido.
Será que eles sabem o que já passei para hoje querer pedir ajuda o mínimo possível?
Não, nem saberão.
Não quero que sintam pena.
Orgulhosa?
Sim, de mim mesma por conseguir fazer o que faço sozinha.
Na verdade, sozinha não estarei.
Deus me ajuda com força, jeito...
Às vezes Ele quer mais mãos trabalhando juntas.
Quem quer ajudar oferece já agindo ou perguntando.
Precisar pedir ajuda quando veem o sufoco em que me encontro?
Só se não tiver jeito.
É humilhante.
Perceber as coisas ao redor e fingir não ver para não fazer nada são coisas bem diferentes.
É mais fácil dá uma de vítima... Ele (a) não me pediu.
Independência tem limite.
Se eu precisar, pedirei.
Ou simplesmente não recusarei se oferecerem.
Agradecerei.
Quatro mãos são mais rápidas, ou fazem de um jeito mais eficiente que apenas duas.
Seja uma pessoa com deficiência ou não, a gente sabe até aonde pode ir sozinho.
Gúriti é um duende muito simpático, amigável e detalhista, especialmente nos embrulhos dos presentes.
Ele tem um irmão, o Tígoli. Esse aí ao contrário de Gúriti, é bem ranzinza; além de ser muito ligeiro ao separar os brinquedos das listas de pedidos.
Nicolau, ou melhor, Papai Noel, nunca admitiu, mas esses dois duendes mexem com o seu coração. Eles foram os primeiros a trabalhar com ele desde que começou sua missão de alegrar tantas crianças com presentes, e manter o espírito natalino na vida dos adultos nesta época tão mágica. O "milagre de natal", quando o inesperado acontece.
Claro que para muitas pessoas o natal é apenas mais um dia, e para boa parte deles, é uma data triste, devido a perda de algum familiar ou amigo, problemas... Enfim; é compreensível até para Nicolau, mas ele não desiste desses também.
Gúriti e Tígoli são muito queridos por todos no Polo Norte, e embora Tígoli seja ranzinza; ele é leal, confiável e sincero.
Quando estavam entediados de ficar na fábrica de presentes eles se escondiam no trenó e viajavam pelo mundo inteiro. Era uma tremenda aventura para ambos. Papai Noel fingia que não os via e dava várias voltas em torno da aurora boreal divertindo-se com as caras assustadas deles e das renas ao retornarem para casa.
A risada inconfundível dele ecoava longe.
Em uma cidade que na maior parte do ano era quente morava um cara chamado Julius. Ele hoje é um homem forte, que trabalha com um trator em um canavial, mas estava muito amargo devido às lutas e perdas na vida. O garoto perdeu os pais e a casa onde vivia aos onze anos, por causa de um rapaz embriagado que invadiu sua casa com o carro, e que destruiu tudo, inclusive matou os pais do garoto que viu tudo. Uma imagem que não sai de sua cabeça. Ele tem tido incontáveis pesadelos ao longo dos anos. Julius e o irmão estavam um pouquinho mais afastados e escaparam por pouco. No entanto, o menininho estava dormindo tão pesado que não ouviu nada, mesmo com o barulho estrondoso. Como se Deus estivesse tapando seus ouvidos por um tempo; e nem viu coisa alguma, pois Julius tapou os olhos dele. Eles foram morar na casa dos avós, Julius e o irmão de seis anos, João, que ele cuidava, já que os avós estavam muito velhinhos e não tinham mais energia para cuidar de duas crianças.
Há muitos anos o espírito de natal deixou de fazer parte do coração daquele rapazinho, pois seus pais nunca tiveram condições de lhes dar presentes, nem ligavam para a data; esta coisa de comemorar não existia. Eles sequer se lembravam do real significado do Natal, que era o nascimento de Jesus; da importância de doar-se; ajudar o próximo...
Julius e João são melhores amigos. João sempre foi um homem mais crente nas coisas invisíveis, mas que dão sentido à sua vida, mesmo com as perdas que teve. Na verdade, essa crença que o fortalece. Ele tem uma perspectiva totalmente diferente de Julius sobre a vida, talvez pelas oportunidades que teve, e que o fizeram crescer, ser mais maleável e alegre.
Tígoli cuidando do arquivo das cartas encontrou uma carta emocionante de João quando criança pedindo não apenas por um carrinho de controle remoto, mas também pela alegria do irmão mais velho e contou a versão que Julius lhe contara. Por mais ranzinza e durão que o duende demonstre ser, lágrimas caíram dos olhos dele.
"Querido Papai Noel
Meu nome é João, tenho dez anos, eu perdi meus pais e minha casa num acidente de carro. O carro entrou dentro de casa. Eu moro com meu vô, vó e irmão mais velho, Julius, que cuida de mim. Ele era alegre, sorria, e agora é triste, não acredita mais no senhor, e me deixa triste também. Teria como devolver a alegria e fé do meu irmão, além de me dar o carrinho, por favor?
Com carinho e esperança, João."
Tígoli mostrou a carta ao irmão e ao Nicolau, e ambos também se emocionaram, mas Nicolau não sabia como ajudar.
Tígoli pesquisou mais nos arquivos e encontrou uma carta de Julius quando estava com oito anos que pedia dois caminhões, um para ele e outro para o irmão mais novo, João, além de roupas novas, pois os pais não tinham dinheiro. E ambos ganharam os brinquedos desejados durante a infância. Nicolau só não se sentia capaz de arranjar as outras coisas que pediram.
No entanto, depois de muitos anos, ele e os duendes pensaram bastante sobre uma forma de ajudá-los de forma mais concreta.
Então resolveram que o Nicolau iria aparecer no quarto de Julius enquanto estivesse dormindo, como em um sonho e falasse:
_ Oi Julius, sou eu, o Papai Noel, eu vim aqui em seu sonho pra te contar umas coisas: Eu li a carta de vocês dois, mas naquela época eu não sabia como ajudar além de dar os brinquedos que queriam, mas agora estou aqui para dizer que não esqueci de você. O seu irmão se preocupa com você, e me emocionou a carta que ele me mandou aos dez anos, demonstrando o quanto você é importante pra ele, e que não gostaria de vê-lo tão triste e cético, amargo como está. Ele quer que você veja que a vida pode sim ser doce e mágica, que não é só perda e sofrimento, sacrifícios. Você é um homem bom, incrível e amado. Nunca se esqueça disso. Perdoe-me por demorar tanto. Nunca perca o espírito de natal que existe aí dentro de você.
Ele dizia aos sussurros pra Julius, como se ele estivesse mesmo sonhando.
Julius levantou-se da cama logo que amanheceu, e algo dentro daquele homem havia mudado, e ele estava diferente, de um jeito que nem ele explicava. Ele se sentia bem, em paz consigo mesmo, com uma alegria e esperança que não sentia há muito tempo em seu coração. Será o espírito natalino? Pensou ele.
Julius ligou para João e combinaram de sair. Quando se viram, Julius contou sobre o sonho e o que estava sentindo. João viu um brilho nos olhos do irmão que nem se lembrava de já ter visto.
Eles compraram uma árvore de natal numa loja, além dos enfeites e algo para comerem a noite, já que a família deles eram só os dois.
Os avós dos rapazes morreram quando Julius tinha entre 18 e 19 anos. Ficando com ele a guarda de João que se encontrava com 14 anos. Cuidar de um adolescente não foi nada fácil, mesmo porque ele também era um adolescente ainda; embora João fosse um rapaz tranquilo.
Naquele dia eles só queriam montar a árvore e comemorarem juntos o primeiro natal com alegria e emoção na vida deles.
Julius e João continuam se dando bem, e aquele homem amargo não existe mais.
Quanto ao Papai Noel, Gúriti e Tígoli, esses assistiam a tudo abraçados e escondidos. Depois disso eles montaram no trenó e partiram para entregar presentes e alegrar o natal de muitas pessoas, dando mais que algo material, eles entregavam alegria, esperança, ânimo, força, gratidão...
É isso que Jesus nos traz todos os dias, especialmente nos natais, que é o Seu nascimento.
Pessoas são engraçadas, ou melhor, interessantes.
Cada um lida com seus problemas de forma diferente.
E nesse caso não existe certo ou errado.
Só questão de personalidade mesmo.
E falamos com cada um de um jeito singular.
É o que cada um é, não é mesmo? SINGULAR!
Podemos ser muito generosos, doces, carinhosos, amigáveis, alegres... Enfim, tantas coisas boas.
Ser humano pode ser o pior dos seres também: egoísta, cruel, agressivo, muito sem noção...
Ninguém é só defeito, e nem só qualidades.
Somos dualidade e gostamos disso nos outros.
É como um ímã que nos atrai, e que também pode nos afastar.
É sexy, atraente, com uma fera indomável que ainda não descobriu que existe dentro de si.
E muito espiritual, com ou sem religião definida.
Não existe falta ou excesso de fé... Não somos ninguém para julgar a fé do outro.
Apenas temos nosso jeito de acreditar no que alimenta o nosso espírito, e nos faz levantar da cama todos os dias.
Ser humano é moldado pela criação que recebe dentro e fora de casa.
Valores, erros, medos, traumas, conquistas e assim cada um forma sua jornada única.
Muita gente prefere os animais... E realmente eles são ótimos.
Só que nada se compara ao ser humano.
Por pior e mais difícil que seja lidar com ele, ainda prefiro gente.
Gente é um trem doido demais.
Pela manhã o sol surge resplandecendo, e trazendo consigo todo o calor, energia e vida a nos oferecer.
O suor e o calor intenso incomodam.
Ao mesmo tempo precisamos do calor para nos aquecer.
E a luz do sol ilumina, traz cor e esperança, nos anima.
É tão triste um dia nublado.
O céu cinzento nos tira a vontade de sair da cama;
O desejo de recomeçar mais um novo dia cheio de possibilidades fica em suspenso.
À noite a chuva cai e suas gotas batem no vidro da janela fazendo um barulho que conforta e nos acalma, muitas vezes nos faz dormir.
A mesma chuva que penetra na terra árida e que também molha as plantas já secas levando vida pra elas.
Chuva que umedece o ar nos refrescando depois de dias secos que adoecem.
Detalhes que Deus nos entrega com todo o amor todos os dias e que esquecemos.
A vida é tão curta, e ainda assim não apreciamos as pequenas coisas que acontecem no dia a dia, seja devido a correria diária, aos problemas e as preocupações.
Só basta percebermos e sermos gratos.
Têm dias que sinto que tanto faz existir ou não.
Que sou substituível: seja no trabalho, ou na vida das pessoas que conheço.
E isso entristece, endurece o coração.
E penso que se partir, em breve me esquecerão.
Exceto minha mãe.
No dia seguinte tudo parece diferente.
Como se Deus dissesse: Ei, você é importante pra vários, não só pra mim.
Eu percebo através do carinho que demonstram.
E o sol passa a raiar em meu interior.
Carinho não é algo que a gente consiga descrever
A gente apenas sente e pode demonstrar, seja com palavras escritas; faladas; ou com atos simples.
Os outros também precisam se sentir valiosos para alguém, nem que seja por um dia.
E você pode fazer isso.
Iluminando o dia escuro de uma pessoa.
Eu senti tanto carinho vindo de amigos e familiares que se importam comigo nos últimos dias, que me pergunto se realmente sou merecedora, e o que fiz pra merecer.
Expressar o que sentimos pode não ser fácil... Eu que o diga.
Apenas gosto de fazer as pessoas que considero muito se sentirem especiais para mim.
Tantos passam em nossas vidas.
Uns marcam profundamente, e de uma forma tão boa que aquecem nossos corações já fragilizados pelas decepções e rejeições.
E é pra esses que devemos mostrar sempre que pudermos, o quanto significam para nós.
Carinho é algo que nenhum dinheiro paga.
Estava pensando sobre o tempo.
Ele é relativo para cada pessoa.
Ele pode melhorar ou acentuar os defeitos de alguém.
Umas pessoas com o passar dos anos aparentam estar mais bonitas, joviais; enquanto outras aparentam cansaço, sofrimento pela vida que tiveram.
Há várias frases para falar do tempo:
O tempo cura tudo;
Nada como um dia após o outro e uma noite no meio;
Um dia de cada vez;
Todas mostram como o tempo pode transformar sentimentos, atitudes, situações...
Elas nos mostram também quem o outro realmente é, sem máscaras.
Um dia, mês, ano podem passar rápido pra uns, ou demorar muito para outros.
O horário de almoço passa tão rápido, enquanto o horário de saída às vezes parece demorar uma eternidade.
Assim como as férias... Para ela chegar demora, mas quando chega parece que piscamos e já acabou.
Alguém querido morre e têm horas que parece que faz um tempo enorme; enquanto outros momentos as memórias são tão vívidas, como se a pessoa estivesse com você ontem.
Através da ampulheta, as estações do ano, as fases da lua, a posição do sol, o relógio, nós marcamos o tempo.
Nós também o marcamos através de expressões indefinidas: já já; qualquer hora a gente se vê; daqui a pouco; logo; depois; estou indo...
Acho o tempo tão surreal.
Ele pode te aproximar de alguém em questão de dias, ou minutos.
Ele também pode te afastar das pessoas; seja pela correria diária de todos, ou pela distância em quilômetros.
As afinidades vão diminuindo.
Acho muito louco como ele faz as coisas acontecerem na velocidade da luz, ou em passos de tartaruga com a percepção diferente de cada um em relação a ele.
Ah!O tempo...
Traz expectativa, ansiedade pelo futuro:
Como estarei, onde e o que estarei fazendo amanhã, ou daqui cinco ou dez anos?
Ele nos traz o saudosismo pelos momentos bons, ou dor pelas marcas do passado.
Agora, quanto ao presente?
Só resta vivê-lo da melhor forma que pudermos, e se aproximar só de quem vale mesmo a pena levar para o futuro.
Rezei e rezei pra começar a trabalhar.
Precisava me sentir útil e também ajudar mãe.
Desejava me sentir viva.
E poder comprar o que se deseja, o que pode pagar com o salário, não tem preço.
Ficar só em casa estava me "definhando".
Deus ouviu minhas preces.
Eu recebi o telegrama me chamando para me apresentar na empresa.
Um momento de muita gratidão e emoção.
E já faz dez anos.
Trabalhar não é fácil.
Lidar com pessoas é ainda mais difícil.
Conviver por oito horas ou mais por dia com pessoas tão diferentes, durante a semana toda é preciso sabedoria.
Trabalho em equipe e com metas é árduo às vezes.
Também há momentos de risadas, brincadeiras, conversas, e não troco isso por um homeoffice.
Cada um sabe o que prefere, mas prefiro estar com pessoas, por mais estressante que seja.
Trabalho cansa o físico, e em alguns cargos ou profissões, a mente fica em frangalhos.
Nada como férias para ter um descanso, energizada e começar tudo de novo.
A vida é feita de fases.
A minha de ficar só em casa durou muitos anos e felizmente finalizou.
O amanhã não se sabe.
Saudade do seu sorriso lindo.
De você me zoando.
E é também um alívio não vê-lo.
Se eu não o vejo o coração não dispara, nem o corpo estremece.
Como posso sentir tudo isso, se nunca te toquei?
Nunca sequer conversamos por mais de um minuto;
Não trocamos número de telefone;
Nem senti seu cheiro;
Não tive meus braços te abraçando enquanto você me protegia.
Amor?
Palavra muito forte para ser usada em vão.
Sentimento tão profundo não acontece assim.
Paixão?
Provável
Peço a Deus pra te esquecer.
Você não me quer, e fez sua escolha.
Então só me resta tentar não pensar em você.
A maior diversão da maioria dos seres humanos hoje é falar do outro, criticar... Seja no mundo real ou ainda mais no virtual: sem rosto e com muita audácia.
Agora entender o próximo?
A gente precisa fazer, mas...
Não entendemos nem a nós mesmos.
Focar em si mesmo é bem mais difícil e dói se auto conhecer.
Olhar pra nossa mente e coração é tarefa árdua.
Agir pra tomar outro rumo na vida é um esforço que às vezes parece tão grande que nos paralisa e acomodamos, mesmo infelizes.
É um esforço que dá medo.... Medo de errar.
E se eu tomar atitude, me dedicar e mesmo assim fracassar?
O que irão dizer? Como vou encarar a todos?
O que eu vou fazer depois, se nada der certo?
Por que quase nunca somos positivos sobre os resultados da nossa dedicação?
Parece que acreditar em nós mesmos é sinal de arrogância,"metidez", embora falemos tanto em amor próprio ultimamente.
Como vou agir diferente, se não sei nem qual o meu propósito nesse mundo?
Levantar com um sorriso no rosto e na alma, sabendo que sua vida tem sentido.
Será que realmente cada um tem um dom e uma missão para cumprir antes da partida?
Escrevo e amo, mas qual o propósito disso?
Sobre o que escrever, e para quem?
Será que o que escrevo faz alguma diferença pra alguém?
Eu me pergunto muitas vezes: será que nossa missão na terra é só trabalhar e pagar contas?
Viver na labuta, e com rara diversão?
Vejo gente que sai de madrugada pro trabalho e volta só a noite, mal vê a família, e sequer consegue mantê-la bem.
Outros são milionários e trabalham muito querendo mais e mais... Morrem e não aproveitaram nada.
Pra isso que fomos criados?
Aborreço-me só de pensar.
Não consigo entender o propósito de nada disso.
Se é que Ele quer que eu entenda algo.
É que NÃO faz sentido pra mim.
Você já sabe sua missão?
Ela te realiza?
Eu ainda não descobri a minha.
Espero poder descobrir a tempo de fazer algo com isso por mim e para ajudar várias pessoas.
Mudar
Tenho pensado sobre isso constantemente.
Mudar o interior e para sempre.
Será que realmente mudamos?
Vejo em livros, filmes, novelas... As pessoas mudam da água pro vinho de forma perene.
É tudo tão bonito, que até nos faz acreditar.
Porém, a realidade nos mostra o oposto... Mudança sendo algo PASSAGEIRO.
Não falo de crença, religião...Enfim, sobre o poder que Deus, ou algo tem de mudar alguém.
Cada um crê no que te faz bem.
Vejo mudanças durarem tão pouco... No primeiro desafio você volta a ser quem era.
Outros dizem que "mudaram" só pra persuadir a pessoa a fazer o que queriam, uns até choram, e em pouco tempo tudo volta a ser como antes.
A frustração e a decepção com o fulano e consigo mesmo aparecem, em alguns casos, inúmeras vezes por ter acreditado que o outro dessa vez tinha"mudado" de verdade.
Mudar de verdade é difícil, às vezes doloroso, é hábito, é um desejo genuíno e grande de ser melhor como pessoa.
Amadurecer, ganhar sabedoria também nos faz mudar o pensamento e o modo de agir.
Eu falo de mudar a essência, de não ser mais como era.
Você acredita que alguém pode realmente mudar quem é, e de forma duradoura? Pelo outro ou por si mesmo?
Eu definitivamente, NÃO!
Cabeça cheia.
Pensamentos não param de aparecer.
Ideias que se misturam a ponto de eu não conseguir por no papel.
Ansiedade grita, esperneia, e nem as gotas de floral me fazem dormir direito.
Semana conturbada que parecia que não acabaria nunca.
Várias vezes me perguntei essa semana: o que está acontecendo comigo? Isso não vai acabar?
Não tive resposta.
Aparentemente?
Nada fora do normal está acontecendo comigo.
Sou a mesma Josy de sempre: Forte, risonha, brincalhona, conselheira... Exceto a vontade de ficar na minha, quieta.
Só mãe sabe o que passo, porém, não digo tudo o que penso, e ainda assim, sofremos juntas.
Duas mulheres se sentindo impotentes diante das limitações que a vida nos impõe.
A gente sabe tudo, ou pelo menos, o que é importante saber sobre Deus, fé, entre outras coisas, de forma consciente.
Oramos, agradecemos, somos gratos a muitas coisas que acontecem em nossas vidas diariamente; ou das pessoas que nos rodeiam.
Mas acreditar lá no fundo?
Ter plena confiança e entregar tudo em Suas mãos?
Não sei dizer se consigo, e me culpo muitas vezes por isso.
Paro e me pergunto se é realmente genuíno o Deus te abençoe, o amém que dizemos ou ouvimos.
Há pessoas que querem nos mostrar todo o tempo como Ele é bom e as admiro por tanta fé e confiança Nele, mas sei lá...
Existe algo aqui dentro que me afasta Dele,de me entregar e acreditar, apesar de tudo que Ele fez e faz por mim.
Queria ter a fé que vejo em tantos.
Rezar? Não sei se resolve.
Vamos indo e esperando o resultado final, seja céu ou inferno.
Tenho me perguntado: O que fazer da minha vida?
O que quero conquistar?
Pensando e pensando...
Lembranças explodem na mente como uma enxurrada... Boas e
ruins.
Reflexões sobre o que faria hoje comparando com minhas decisões
do passado.
Arrependimentos.
Quem não tem?
Uns dizem que se arrependeram do que não fizeram.
Eu me arrependo do que fiz e do que deixei de fazer.
E têm coisas que não me arrependo de jeito nenhum.
E uma delas è de amar, admirar e ser fã de Vavá e Marcio.
Algo genuíno, sem segundas ou terceiras intenções. Às vezes
incompreendido por varias pessoas a minha volta.
Aqueles sentimentos que valem a pena, e que sinto que serão
para sempre.
Sonhar acordado(a).
Imaginar mil situações com o (a) paquera.
Idealizar o par "perfeito".
Ignorando quem a pessoa realmente é.
E no fim das contas?
Decepção na certa.
Expectativas altas, seja para o primeiro encontro; pedido de namoro; ou casamento...
Experiência própria.
Especialistas dizem que não devemos criar expectativas, mas como evitar?
Até hoje não consegui.
As expectativas altas podem ser tanto na área do coração, quanto em outras áreas.
Quem não fica assim quando vai se encontrar com as amigas?
Ou o primeiro dia de trabalho?
Confraternização da empresa?
As próximas férias.
É algo tão bom de sentir, que não pensamos no depois.
Perdemos o sono; pensando enquanto olhamos pro nada; sorrimos sozinhos imaginando como tudo vai acontecer.
Espero que eu não esteja sozinha nisso.
Como vamos viver, se não acabarmos chorando um pouco no futuro?
Simplesmente faz parte da vida.
Uma menininha que amava brincar e sorrir.
O tempo passa e a transforma em uma quase mulher.
Uma jovem com uma bagagem nas costas, mas que tinha sonhos e uma vontade intensa de viver.
Hoje ela é uma mulher que trabalha; que se esforça ao máximo pra ser independente.
Ela está tão cansada de depender das pessoas como antigamente.
Ela não sabe se isso é orgulho bom ou não.
Ela ainda sonha acordada, ama sorrir e quer viajar,sair, namorar...
Porém, ela leva junto consigo o medo da dor.
O medo de passar dor como no passado.
A dor física, que só ela e sua familia sabem como foi.
Isso a deixou tão intolerante a dor que toma o que for pra evita-la.
A dor da rejeição, do abandono e da perda...
Dores que evita ao máximo ficando sozinha, às vezes até dos amigos ela se afasta, mesmo amando-os.
Ela não quer passar por tudo de novo, mas sabe que a perda é inevitável e sofre.
O medo da dor da decepção, essa talvez seja uma das piores que ela já sentiu.
O medo de não ser boa o suficiente e acabar se decepcionando;
Decepcionando as pessoas que ama.
Isso a machuca e a paralisa, a faz abandonar sonhos, deixa de ter objetivo.
O medo dessa dor a angustia, já que não sabe o que fazer.
Ela tem raiva de si mesma por isso.
A gente carrega uma bagagem invisível nas costas enquanto vive.
E esta faz amadurecer; querer ser melhor; deixa lembranças que faz querer sorrir, cantar, dançar...
Só que ela também pode nos estagnar; querer evitar o inevitável; e nos impede de viver o que queremos apenas pelo medo da dor.
Uma mulher que procura perfeição a todo momento.
Mas como? Ela tem vários defeitos.
Uma pessoa que se cobra tanto, que no fim do dia sente a exaustão pesando sobre ela.
E o único desejo é deitar no sofá e assistir a televisão.
Uma pessoa em que a dualidade está sempre presente:
Detesta fazer as mesmas coisas todos os dias, isso a deixa entediada, mas sabe que a rotina é necessária no dia a dia.
Adora tudo alinhado, e coloca as coisas de um certo modo, que ao seu ver faz muito mais sentido.
Uns diriam que é TOC, ou COT em ordem alfabética, como diz uma colega.
Ela já prefere dizer que é organização.
Tanta coisa já passou e está de pé, mas tem hora que parece cansar.
Às vezes sente que tem personalidade forte pra fazer o que realmente quer, sem ligar pra opinião dos outros.
Será então que as coisas nas quais tem medo do julgamento alheio e que a paralisa não são realmente importantes pra ela, senão ela as faria?
Medo é um sentimento constante.
Alguém que só chora de raiva, ou se está no limite.
Mostrar-se frágil, sensível é bem difícil pra ela.
Já a veem assim por causa da deficiência, diariamente.
Só que querer ser forte o tempo todo é desgastante e pesado.
Aprendeu com a mãe a se mostrar uma fortaleza, por um sorriso no rosto, mesmo destruída por dentro.
Ela quer viver, ama sorrir, dançar, conversar com amigos e conhecidos, gosta de ver pessoas e precisa de estar em grupo.
Detesta motorista de táxi, ou aplicativo mudo.
O caminho fica mais longo e chato.
Curso à distância e estudar sozinha não é pra ela.
Mas tem momentos que precisa de estar só consigo mesma pra ouvir suas músicas, ou ver vídeos no fone de ouvido e comer em paz.
A timidez a faz preferir ficar na dela, quieta.
Ela às vezes se sente tão confusa e tem uma luta interior permanente.
Prefere se expor para o mundo em um blog, do que para as pessoas que pensam conhecê-la um pouco.
Essa mulher que tem várias versões em um só corpo, e que quer melhorar cada uma delas.
Um dia de cada vez, foi o que aprendeu e assim segue.
Há uma voz interior que sempre fala conosco.
E não é uma voz qualquer
É a voz que nos paralisa diante de um grande desafio.
Seja lá o que for fazer, isso é importante pra você.
Mas a bendita voz entra em ação e diz:
_Você está doida(o) de fazer isso?
Acha mesmo que vai conseguir?
Você é muito idiota por achar que pode vencer isto.
Tem gente muito melhor que você e não conseguiu.
Desiste antes de passar vergonha,"pagar mico".
As pessoas não irão te julgar se desistir.
Quer dizer, você pode até decepcionar sua família e amigos por não tentar, mas se você tentar e ir adiante, muita gente irá rir de você,
E aí, quer isso?
Virar motivo de chacota no outro dia?
Você é feia(o), e está gorda(o), não tem nada que faça, ou vista que vai melhorar. Acorde!
Quem vai te querer desse jeito?
Que talento você tem? NENHUM.
Entre tantas outras crenças que ela põe em nossa cabeça e coração.
Ouvimos essas falas muitas e muitas vezes durante nossa vida.
Por que é tão difícil acreditar em nós mesmos, no nosso potencial?
Essa voz é no fundo a gente desacreditando que somos tão capazes quanto qualquer outra pessoa de fazermos o que quisermos.
Não sei se dá pra silenciar essa voz que às vezes grita tão alto pra gente, que nos faz desistir, nos paralisa diante de tudo e todos.
E nos sentimos piores ainda.
É possível diminuir o som dessa voz o máximo possível à medida que nos encorajamos e fazemos o que nos desafiamos a fazer.
Eu já desisti de tanta coisa por causa dessa voz.
Quero não ter que desistir de mais nada.
Espero um dia conseguir diminuir a voz e viver, ter a ousadia necessária de acreditar em mim mesma.
Espero que você também consiga e atinja voos altos sem essa voz pra te perturbar.
Fácil?
Não é... Porque se fosse assim, todos conseguiriam.
É vencer uma batalha de calá-la toda vez que ela aumenta o volume e resolve falar conosco.
Vamos persistir leitores.
Uma hora a coragem vencerá a voz, ao invés de nós pararmos nossas vidas por conta dela.
Pode demorar, mas com ajuda do alto e autoconfiança, nos sairemos vitoriosos.
Ler não me faz apenas imaginar os cenários, as histórias
contadas e os personagens descritos em um livro.
Ler me faz refletir sobre as pessoas na vida real e o que
acontece conosco.
Será que realmente podemos escolher nosso futuro,
fazermos nossas próprias escolhas?
Será que muitas vezes apenas seguimos as imposições dos
pais, ou da sociedade sobre o que devemos fazer ou ser para evitar “problemas”
para todos?
Será que nesses casos nós fazemos o que querem de nos só
para não decepcionar, ou queremos simplesmente nos sentirmos mais amados e
queridos; mesmo que acabemos nos esquecendo de quem somos ou o que realmente
queremos?
Acabando muitas vezes sendo o “perfeito frustrado”. E
acho que acontece mais do que imaginamos.
Eu me pergunto: quem realmente tem menos poder de
escolhas nesta vida? Os abastados, príncipes, por exemplo, que tem que seguir
tantas regras para não dar o “mau exemplo”, sem poder dar um passo antes que
alguém te diga se deve ou não; embora financeiramente possa ter tudo o que quer, sem ter que se preocupar em economizar para adquirir algo?
Ou alguém que nasce sem nada, que passa por tantas coisas
difíceis na vida por causa da falta de dinheiro, e que na maioria das vezes
sequer tem perspectiva de uma mudança significativa?
É preciso muita empatia para conseguir olhar os dois
lados sem fazer tantos julgamentos. O que fazemos sem pensar nem meia vez.
Ou será que faz parte do destino passar por certas
coisas, seguirmos aqueles passos, como algo que estava escrito?
Eu não tenho resposta para tudo, nem quero.
Por que umas pessoas sofrem tanto, têm tantas tragédias
na vida e conseguem superar, vencer e se tornam felizes; enquanto outras passam
pelo mesmo tanto de coisas ruins e sucumbem, se entregam à tristeza até
morrerem?
E outras simplesmente parecem que nunca viveram um problema sério na vida, nunca tiveram perdas, traumas. Elas são radiantes, vivem de forma tão leve.
No entanto, será que existem pessoas que nunca sofreram?
A gente só vê o que a pessoa quer nos mostrar. Olhem as
redes sociais... elas são o puro exemplo disso.
A vida é um completo mistério, e parece uma loucura
refletir sobre tudo isso, porque para algumas perguntas nunca teremos
respostas.
Engraçado ou até mesmo louco como as coisas que
aprendemos vão se apagando de nossa memória durante a nossa caminhada.
Como a falta de prática naquilo que fazíamos vai sendo
esquecido e depois de um tempo é como se nunca tivéssemos feito ou tido tais experiências.
Há mais de 15 anos eu lia partituras, tocava notas e
acordes com as duas mãos, graças à paciência do meu professor particular e
minha persistência, apesar dos limites físicos.
As dores da artrite/artrose me fizeram abandonar meu
teclado e o prazer de tocá-lo, então o vendi.
Eu já toquei em casamento, bodas de ouro dos meus avós e até
para o cantor gospel da época, Jonny,Em nome do nosso amor, mesmo no começo do
aprendizado... E hoje?
Não me lembro de quase nada.
Exceto que a primeira música que aprendi a tocar sozinha
foi Devolva-me, de Adriana Calcanhoto.
Matérias da escola e cursinho? Deixa quieto.
Cursos como AutoCAD, Sketchup e mesmo o curso de Arquitetura e Urbanismo, muitas coisas foram deletadas.
É como se eu nunca tivesse feito um curso que durou arduamente 05 anos.
Felizmente sou formada há onze anos e me deu a oportunidade de trabalhar, mesmo que em outra área.
Espero não me esquecer de inglês também.
Foram anos de dedicação para se esquecer de tudo, e é
algo que ainda gosto.
Conselho se fosse bom a gente vendia, mas te dou um.
Se algo te fizer muito bem e for importante para você,
por favor, faça o impossível para não deixar de lado, pois o esquecimento é inevitável.
Deus é perfeito!
Já pensou guardar tudo que não usamos há um bom tempo?
Nós não conseguiríamos aprender coisas novas, ficaríamos
estagnados no passado.
Mas que seria bom guardar o que gostávamos muito, mesmo
que não usamos mais, isso seria.
São simplesmente as falhas propositais da memória, criadas pelo Criador.
