sábado, 29 de fevereiro de 2020

AMIGAS ATÉ DEBAIXO D'AGUA


Elis é uma moça que adora festas; se divertir; e principalmente beber umas tequilas, caipifrutas, umas cervejas geladas com as migas. Quase todos os finais de semana ela chama Maitê e kiara para beberem algo e colocarem os papos em dia. Elas vão para as baladas e bebem muito, além de se jogarem na dança.  Cada sábado é um ritmo diferente e elas amam diversificar. Elis ama se jogar na pista e se acabar com o copo sempre na mão.
Um dia antes do carnaval elas fizeram uma aposta. Quem beijasse mais bocas nos quatro dias  ganharia um lugar no camarote do ano seguinte. Ou seja, não poderiam beber demais, senão perderiam a conta de quantas pessoas elas beijariam.
Na sexta elas chegaram prontas para beijarem muito e aproveitarem também os shows dançando muito na pista.
No fim do quarto dia a Maitê ganhou a aposta. Ela tinha beijado sessenta e dois caras; Elis tinha beijado quarenta e nove; e Kiara tinha beijado quarenta e cinco homens.
As duas ficaram tão surpresas com a vitória de Maitê, que é a mais tímida e romântica das três, que a presentearam com uma dose de tequila além do camarote. As meninas chegaram ao apê tão embriagadas e borradas de batom que nem se lembravam direito de como chegaram lá. Elas chegaram às sete da manhã já caindo na cama desmaiadas, pois tinham pedido um carro de aplicativo, que nem se lembravam como pediram, mas felizmente era um bom motorista, ou boa, vai saber.
Quando acordaram lá pelo meio dia, elas comeram já apressadas. Maitê e Elis foram trabalhar enquanto Kiara dormia até as duas chegarem e ficaram lembrando aqueles dias muito loucos e divertidos. Elas não eram amigas só de baladas e bebedeira; as três estavam juntas desde a infância e dividiam um apartamento, tristezas e alegrias; mas amavam sair e se divertirem juntas até amanhecer.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

AMOR NÃO TEM RAÇA



AMOR NÃO TEM RAÇA


Yane é uma mulher que ama viajar e trabalha muito numa indústria automobilística para conhecer o mundo durante suas férias.
Em sua última viagem a Angola ela conheceu Zaki, e seu nome o definia, um garotinho esperto, inteligente que a cativou. Ela descobriu que o menino era órfão e morava com a avó que não tinha condições de cuidar dele e pensava em pô-lo para adoção. O coração de Yane se partiu ao ouvir aquilo. Ele era tão simpático, amigável. A verdade é que ela havia se apaixonado por aquele garotinho de apenas cinco anos e que mexeu com seu instinto materno.
Yane tem tentado há uns dois anos engravidar e ter uma gravidez independente, afinal, o sonho era dela de ser mãe. Ela havia ajudado sua mãe a cuidar do seu irmão caçula, Marlon; pois sua mãe trabalhava fora e só voltava quando os dois já estavam dormindo. Eles só se viam nos fins de semana e se divertiam bastante juntos.
 Seu pai faleceu quando ela ainda estava com dezesseis anos e sofreu muito com a perda, pois era muito apegada ao pai, e seu irmão tinha oito anos. Enfim, ela sabia como era difícil cuidar de uma criança, o quanto teria que abrir mão do que quer, ou adaptar -se para encaixar uma pessoa que estaria para sempre em sua vida, mas isso não a fez desistir de seu sonho.
Ela veio de uma classe média, pele branca, cabelo claro e olhos esverdeados, porém, apesar do racismo que ainda acontece no mundo, ela e sua família nunca ligaram para isso, pois para eles é só cor de pele diferente da deles; são seres humanos que merecem respeito, dignidade e amor.
Yane ligou para sua mãe e contou-lhe o que aconteceu. Sua mãe ficou preocupada com sua decisão, disse-lhe o que pensava, mas se ela estava decidida, ela apoiaria a filha e receberia de braços abertos a criança.
A garota foi procurar a avó do menino, para saber mais sobre a história de Zaki, esta contou tudo para a moça e disse que se ela realmente quisesse, elas iriam ao cartório da cidade para concretizarem a adoção.
Yane foi atrás de Zaki e sentou no banco para conversar com ele, _Oi, como você está? Eu tô bem e você? Você quer ter mais uma mamãe para cuidar de você e viajar para outro país? Lá é tão lindo e legal.
_Eu tenho minha vovó. Eu quero passear um dia. Onde você mora?
_Eu moro no Brasil. Você então não quer que eu seja sua mamãe para cuidar de você, te dar amor? 
_Mas e vovó? Não posso deixar ela.
_Ela ama muito você Zaki, mas ela não pode te dar tudo que você merece. Ela disse que você é tão inteligente que precisa ter bom estudo para ser o que quiser, além de receber um amor de mãe, que ela não pode te dar agora e me pediu para cuidar de você, mas só se quiser, tá?
Ele correu para sua avó e chorou muito no seu colo. Ela chorou muito abraçada ao seu único e querido neto. Ela falou para ele que Yane o faria feliz, que daria tudo que precisa, que o ama muito, mas ele precisa ir. Houve mais choro. Ela foi com o menino a fim de conseguir passaporte e visto permanente para o menino no dia seguinte. 
Eles chegaram ao Brasil duas semanas após a requisição dos documentos. Ele ficou encantado com aquele novo mundo para ver e viver. Zaki foi recebido com muito amor e de braços abertos pela nova família que os aguardava.
No começo foi difícil a adaptação para ambos. Havia choro de saudade, medo, sentimento de solidão e abandono, além da gratidão por receber tanto amor e cuidado.
Sua nova avó começou ensina-lo a ler até começar o ano letivo, na escola em que Yane o matriculou.
Ele hoje ainda se comunica com sua avó por telefone e tem tudo que uma criança deve ter: amor, carinho, respeito, limites, uma boa educação e os brinquedos. Ele já a chama de mãe deixando-a muito feliz.
Quanto a  Yane? Bem, hoje ela é uma mulher muito atarefada, cheia de responsabilidades, preocupações, teve que fazer adaptações em sua casa, sua vida e mais do que isso; hoje ela se sente uma mulher realizada e orgulhosa do filho que tem. As viagens ela faz com ele quando o período de férias se coincidem. Ela o ama mais do que jamais pensou ser possível amar alguém. Agora ela entende sua mãe e todo sacrifício que fez por ela e o irmão, fazendo com que ela tenha uma ligação com a mãe que ainda não tinha.

DIA DIFÍCIL

 Hoje está tão difícil.  Só queria desaparecer, evaporar como fumaça, e parar de dar trabalho. E ao mesmo tempo eu me sinto tão egoísta.  Te...