sábado, 20 de janeiro de 2024

VIVER DE MEMÓRIAS

 

Eu acho que vivo de memórias.

Dizem que quem vive de passado é museu.

Mas suas experiências de hoje não são frutos de tudo que viveu lá atrás?

Sejam boas ou ruins?

Aprendizados, conquistas, sorrisos e gargalhadas?

Eu vivo ansiosa pensando no amanhã, muitas vezes nervosa, por causa do presente.

Os dentes são sempre as vítimas... Ranger, apertar, dor, quebra... Não está fácil.

O que ameniza é a nostalgia.

São tantas memórias boas.

Sejam da infância: montar árvore de natal; presentes; as brincadeiras com colegas, vizinhos, primos; passar um tempo com meus pais, nossa primeira viagem à Montezuma, em Minas Gerais; almoço na casa dos meus avós, ou seja, a família reunida; os aniversários com os bolos enormes, os docinhos, salgados que minha tia, mãe faziam, e os presentes em cima da cama, a casa cheia de gente.

Sejam as lembranças da época da adolescência: o tempo que passei com as amigas na escola, e às vezes, fora dela; as viagens à Brasília, apesar de tudo; as paixonites, mesmo não correspondidas; ter meu pai comigo até quando deu; o primeiro encontro com Vavá; quando voltei a andar.

Sejam as lembranças da vida adulta: passar bons momentos com os colegas de trabalho; assistir a filmes de natal com mãe, ou sairmos juntas; meus amigos virtuais; encontro com os amigos “reais” e meus sobrinhos do coração; almoços em família aos sábados; relacionamentos que não duraram para tornar namoro, mas que deixaram memórias; e sem dúvida, mais encontros com Vavá e Márcio; superações depois de mais cirurgias.

Por que parece ser errado ficar relembrando o passado?

Por que se lembrar do passado parece ser deprimente para a maioria, quando me ajuda a esquecer do presente, e não ficar tão ansiosa com o que nem sei que virá pela frente?

O problema sou eu?


DIA DIFÍCIL

 Hoje está tão difícil.  Só queria desaparecer, evaporar como fumaça, e parar de dar trabalho. E ao mesmo tempo eu me sinto tão egoísta.  Te...