quarta-feira, 27 de outubro de 2021

LUTAS

 Enfrentamos lutas diárias todo santo dia.

Você, eu, nós.

Cada um tem sua luta interior e as lutas em comum, como a maioria.

Lutamos para levantar da cama depois que o despertador toca e queremos dormir mais uns 5  minutinhos.

Luta para enfrentar os obstáculos do dia, que muitas vezes não são poucos e bem difíceis.

Lutamos para nos mantermos vivos e saudáveis, especialmente com esta pandemia a solta.

Luta para ter o corpo que desejamos e não cedermos sempre às tentações.

Luta para não desistir de tudo a todo momento.

Luta para pagar as contas e viver comendo menos do que gostaria, com tudo tão caro a nossa volta.

Luta contra os próprios impulsos para não transbordar, e não agredir pessoas a nossa volta, seja fisicamente ou em palavras. Mas que dá vontade às vezes, isso dá.

Luta para tentar melhorar como pessoa.

Luta para conviver com os próprios conflitos, traumas, insegurança e superá-los ou não.

Nossa vida é mesmo cheia de lutas que não acabam enquanto não chegamos ao fim.

 Ou se você cansa e desiste de tudo antes da hora.

Não é nada fácil lutar sem parar, é exaustivo às vezes. 

O desejo é de sentar e esperar a onda nos levar.

Chega o dia seguinte e algo nos faz querer enfrentar tudo mais um pouco. 

Loucura? 

Não sei, mas precisamos seguir em frente, com gratidão no coração e sorriso no rosto, mesmo cansados de lutar.

Na vida há coisas boas além das lutas, podem parecer muito poucas, mas são o que nos fazem levantar da cama e agradecer por mais um dia.

É assim com todo mundo. 

Você não está sozinho (a).

Se estiver demais, tome um dramin, descanse o corpo e a mente por umas horas e depois... Bola pra frente. 

Mais lutas te esperam para você vencê-las.

Você consegue.


sábado, 16 de outubro de 2021

BRENDA E A AUTOACEITAÇÃO

 

                   

Brenda nasceu em uma fazenda, onde seu pai era o caseiro. Quando tinha seis anos ela perdeu seu amado pai por causa de um infarto fulminante. 
Brenda sofreu muito com a perda, pois ele havia lhe ensinado tudo o que sabe sobre a vida e a fazenda. 

Passaram-se quinze anos e Brenda tornava-se uma bela mulher com suas sardas, pele clara, gordinha, aparelho nos dentes, quadril largo, coxas grossas... Porém, tudo isso não a fazia sentir-se menos bonita, ou menos atraente do que as outras mulheres. Sua autoconfiança deixava-a linda, sexy, e atraia muitos olhares. 

Ela sofria por deixar a mãe sozinha na fazenda, pois nunca tinham se separado, mas precisava seguir o que pensava ser seu sonho e iria estudar agronomia na capital, que ficava longe dali. Felizmente na faculdade havia dormitórios para os alunos que não moravam na cidade.

No segundo semestre ela percebeu que aquele curso não tinha a ver com ela e o trancou enquanto não se descobria.

Sua mãe pensava que ela deveria continuar o curso, já que sabia tudo sobre a fazenda e a agronomia ajudaria ainda mais. No entanto, Brenda sempre teve personalidade forte e quando decidia uma coisa, raramente mudava de ideia. Sua mãe via apenas como teimosia. Elas sempre foram diferentes e às vezes discutiam muito. Brenda e Ana se pareciam apenas fisicamente, mas no resto a jovem era igual ao seu pai.

A moça passou a se conhecer mais para descobrir o que fazer do seu futuro e um dia ajudando sua irmã mais velha em um trabalho artesanal descobriu que não queria fazer faculdade. Ela começou fazer enfeites, decorações para festas infantis e passou a amar o que fazia. Suas encomendas começaram a aumentar e Ana chamava-a de louca por largar a faculdade para fazer aquilo. 

Brenda percebeu que nem sempre é preciso fazer faculdade para fazer o que gosta e ter sucesso. Sucesso para ela  era ter foco,
 dedicação, responsabilidade e realizar tudo com amor. 

Em uma das festas em que foi decorar próximo à fazenda, ela conheceu Douglas. Ele era o pai da criança e solteiro desde a morte de sua namorada há uns dois anos.

No dia seguinte ele ligou para ela.

Douglas a elogiou pela decoração, enfeites e a chamou para sair no sábado.

Eles se deram muito bem, mas ela pediu para irem devagar, mesmo porque ele tinha um filho e tinha que prepara-lo caso chegassem a ter algo mais serio.  Ela não queria que Lorenzo a visse como uma intrusa, alguém que queria tirar o pai dele; ou atrapalhar a relação dos dois.

Ela havia perdido o pai muito cedo e sentiria algo parecido se a mãe arrumasse um namorado na época.
Ele começou a menosprezá-la com o passar dos dias, pois a verdade era que assim como a maioria das pessoas, ele pretendia mudá-la em relação ao corpo, às roupas, para se adequar ao que ele desejava... Eles conversaram sobre como ela se sentia, ele prometeu mudar, mas nada mudou. 
Brenda cansou e lhe disse que a conheceu assim, que se sentia bem como estava e agora quem não o queria mais era ela, e que não precisava passar por aquilo.
A relação entre eles chegou ao fim, pois aquela mulher se amava e se autoaceitava, não permitindo que ninguém a dissesse como deveria ser, ou fazer, ou o que usar.

Quanto a Douglas? Ele infelizmente continua querendo mudar as suas parceiras, que muitas vezes, devido a baixa autoestima elas mudavam tanto que perdiam suas identidades, e então ele as deixava. No entanto, a ligação com Lorenzo estava cada dia mais forte.

Espera-se que no futuro aquele garotinho não siga o exemplo de seu pai, que faz tantas jovens se sentirem um nada depois que as deixa sem amor próprio, sem a personalidade que tinham e sem o brilho.

 Ela simplesmente seguiu sua vida e estava feliz com seu trabalho e corpo, apesar da relação com sua mãe não ser das melhores. Ela se amava, e continuava procurando um homem que a amasse como merece, apenas aceitando-a e vice-versa.

 

terça-feira, 12 de outubro de 2021

AMOR MADURO


      

Iris é uma mulher madura que ficou viúva ainda muito jovem, devido a um câncer que o marido teve, e sua vida virou de cabeça pra baixo. Ela precisou ajustar coisas na sua nova rotina, como por exemplo, passou a se preocupar com as contas de casa e ir à casa lotérica para pagá-las, pois ele que lidava com isso, assim como levar os filhos à escola, ou ir ao mercado. Sem falar na responsabilidade de ser na época e para sempre, mãe e pai, mas sem pretensão de substituir o pai deles.

Iris e Daniel (este era o nome do marido, com quem ela foi casada por doze anos) tiveram dois meninos, João e Diego, que hoje estão com vinte e dezoito anos.  Ainda tão crianças lidaram com algo tão difícil para superar, a morte de alguém que amavam tanto.

Seis meses antes de Dan adoecer...

Dan tinha suas imperfeições, e uma delas era exigir a perfeição de si mesmo e dos outros, principalmente de João, o mais velho, pois queria o melhor para o filho, queria vê-lo dando o melhor de si, mas aquele garoto ainda não entendia, ele só tinha oito anos, o que deixava o menino ansioso, exigindo muito de si mesmo, para não decepcionar o pai. No entanto, Daniel também era um pai carinhoso, amigo e muito engraçado, brincava com eles de bola, soltavam pipa, brincavam de carrinho, lutinha nos fins de semana. Aqueles eram os melhores momentos para todos, pois sempre que podiam eles se divertiam em família e esqueciam seus problemas.

A doença

Logo que começaram as dores no abdome e nenhum remédio natural ter resolvido, Iris o levou ao médico e então a luta começou com exames caros para descobrirem o diagnóstico, medicações às vezes na veia para passar as dores (eles começaram a fazer rifa para ajudar a pagar tudo, tiraram as crianças da escola particular para minimizar os gastos). Infelizmente o resultado não foi o que esperavam (na verdade, eles tinham fé que fosse algo simples e rápido para ele melhorar), pois Daniel estava com câncer no intestino, que já estava se espalhando para outros órgãos mais rápido do que o médico previra. O médico o encaminhou ao oncologista para começar o tratamento no SUS.

Assim que o oncologista viu os exames pediu-lhes para iniciar imediatamente a quimioterapia e a radioterapia para tentarem uma melhora mais eficaz. Os efeitos colaterais iam surgindo, assim como o sofrimento de Iris e Daniel aumentavam. Infelizmente o tratamento não estava tendo o resultado esperado, ao contrário, parecia que se espalhava pelo corpo todo cada vez mais rápido, no que deu em algumas internações de urgência. Ela mal dormia, porque ele não dormia mais a noite (certamente com medo de não acordar), usava sonda para se alimentar, fazer necessidades, usava fraldas, alimentação diferenciada e tudo isso custava muito e iam se virando.  A saúde dele deteriorava com uma velocidade incrível e angustiante de ver. Ela precisou sair do trabalho para cuidar dele, e decidiu mandar os filhos para a casa da irmã, que os levava à escola, e também para não verem o pai naquela situação. Enquanto isso, Iris ficava alerta 24 horas, ou pelo menos tentava; pois qualquer reação diferente tinha que levá-lo ao hospital. Como não tinham mais tratamento para ele, era só dar-lhe uma vida, ou um fim mais digno. Iris se encontrava exausta, a única coisa que ainda lhe restava era pedir a Deus por socorro (ela o deixava com sua mãe para cuidar dele enquanto ia à igreja para desabafar com Deus, chorar, estar entregue a Ele, já que na presença do marido ela precisava ser forte, animada), para dar-lhe força e assim conseguir transmitir um pouquinho de esperança, fé e ânimo para Daniel, que ela sentia que estava desistindo de lutar.

 Na igreja ela pensava em tanta coisa: Daniel era o amor de sua vida, o que faria se o perdesse? Como seguir adiante se ele não resistir? Ela pedia a Deus para não deixá-lo sofrer mais, aquilo a estava matando também. Iris sentia toda sua energia sendo sugada, esvaindo do seu corpo, mas não podia "jogar a toalha", visto que seus filhos estão pequenos e precisam dela, ele ainda precisa dela. Enquanto pensava e pedia por misericórdia, seus olhos aflitos estavam fixos na cruz do altar e as lágrimas caiam no rosto devido ao cansaço; medo de perdê-lo, de não dar conta; pela tristeza de vê-lo naquela situação e mesmo fazendo tudo o que estava ao seu alcance, ela se sentia impotente.

 Dan passou a assistir a desenhos com os meninos, colorir com eles, queria aproveitar ao máximo a companhia dos filhos, pois sentia que não iria vê-los crescer. Apesar de terem o pai perto maior parte do tempo, por ele não conseguir mais trabalhar, eles eram crianças e queriam fazer o que sempre fizeram com Dan, como correr, pular, etc. João, o mais velho começou a perceber como o pai estava mal e perguntou a sua mãe o que estava acontecendo com o pai. Ela lhe disse que o pai deles estava muito doente e precisava que eles dessem carinho para ele, se comportassem mais, fizessem menos bagunça e compreendessem que ela não poderia dar-lhes muita atenção ou ficar cuidando da casa, pois Daniel precisava dos cuidados dela o tempo todo e abraçou o filho. Ambos choraram no quintal.

_Está bem, mãe. Eu entendo e vou falar com Diego. Eu te amo.

 Ele a abraçou com força.

_Obrigada por entender, filho. Não queria que passassem por isso, mas nem sempre dá pra evitar certas coisas. Eu também te amo muito, assim como o Diego.

Ela beijou sua cabeça.

Iris ligou para Ivy e lhe pediu para ficar com as crianças por um período. Ela explicou a situação e a irmã aceitou de coração ficar com eles, pois os amava, eram seus únicos sobrinhos e Iris precisava de ajuda.

No dia seguinte Ivy foi buscá-los e os meninos choraram muito ao se despedirem dos pais; enfim, todos choraram especialmente Daniel, já que não sabia se os veria de novo. Ele entendia que os meninos ficarem com a cunhada iria tirar um pouco da sobrecarga de Iris, mas sentiria muita falta deles. Seu coração estava apertado e muito triste. Ele não queria se tornar um peso para todos, um problema, e enquanto ela lavava a roupa, ele sofria calado, já que não conseguia mais chorar, rir, nem enxergava direito por causa daquelas células malditas que já alcançaram seu cérebro.

Alguns dias depois...

Ele piorou muito, parecia estar com falta de ar e Iris desesperada chamou a ambulância e foi com ele para o hospital. Ele já no oxigênio apertava a mão dela e a olhava. 

Iris sentia que estava na hora de seu marido partir, o beijou na testa com os olhos marejados de emoção, e disse-lhe:

_Dan, eu te amo tanto. Você é o amor da minha vida, e sou grata por ter passado esses anos com você,   por ter te conhecido e termos formado uma família linda juntos. Só que não vou te prender aqui nesse mundo sofrendo, não seria justo. Pode ir em paz e descansar, eu vou cuidar das crianças. Ela tirou a máscara de oxigênio e tocou os lábios dele.

 Ele balbuciou algumas palavras inaudíveis, mas ele não precisava dizer nada, pois ela sentia seu amor e gratidão. Aquele era o seu Dan, o homem mais amoroso e leal que conheceu depois de seu pai. 

 Daniel parte depois de cinco meses lutando e deixa uma mulher apaixonada, de coração despedaçado; dois meninos lindos e uma saudade inimaginável.  Após algumas horas o funeral acontece com familiares, as crianças que foram se despedir do pai, e amigos já sentindo a falta que ele fazia.

Dez anos depois...

Iris já com seus quarenta e seis anos, alguns fios brancos (ela sempre pinta, pois aparência no seu trabalho como vendedora é importante), linhas de expressão marcam seu rosto. Uma mulher ainda bonita, mas de olhar triste, com um sorriso que por mais que finja, não tem mais a alegria de antes.

João com vinte anos faz curso técnico de enfermagem à noite e durante o dia é recepcionista em um hotel. Um rapaz alto e moreno como o seu pai, mas que engordou muito (o que afetou sua autoestima) após a morte do seu herói.

Diego foi o único que “aparentemente” não foi atingido por aquele passado, talvez por ser o caçula, e não ser cobrado como o irmão. Ele trabalha como assistente contábil, è mais baixo que o irmão, magro e com um sorriso lindo, conquistando assim as meninas da faculdade (ele faz contabilidade) e tirando vantagem disso. O que ninguém sabe, nem mesmo sua família è que ele tem pesadelos horríveis quase todas as noites com a morte do pai, a doença dele, às vezes sonha que ele está doente no lugar e acorda com o coração quase saindo pela boca e batendo muito forte, até tomar seu remédio para dormir, que esconde na mochila. Ele tem uma raiva interior tão intensa que não sabe explicar, então decidiu praticar o boxe, para tentar por aqueles sentimentos para fora e também para não descontar em quem não merecia. Diego não tem coragem de contar para ninguém, pois não quer se sentir fraco diante de ninguém.

Orgulho?Medo? Possivelmente os dois juntos, mas ele sentia que precisava ser forte por sua mãe e incentivar seu irmão a procurar ajuda. Embora João nunca o escutasse, ou simplesmente não sentia energia suficiente para correr atrás de nada.

Os filhos encorajavam Iris a procurar um grupo de apoio e brincavam que ela podia arrumar um namorado lá e ela resistindo, visto que nunca deixaria de amar Daniel.

 Ela pesquisou sobre o dia e foi a uma sessão de pessoas que perderam entes queridos. Onde conheceu muitas pessoas, entre elas, Dorival, um homem inteligente, bem-vestido, pouco mais velho que seu marido. Ele perdeu a esposa há vinte anos, e depois disso tudo perdeu a cor.  Estava ali há dois meses para tentar devolver as cores perdidas, assim como todo mundo dali. Apesar de se sentir estranha ali, aquilo estava lhe fazendo bem.  Era consolador saber que não estava sozinha na sua dor e solidão. Iris pensou em levar João, mas conhecia o filho, e sabia que ele nunca iria.

Em uma das sessões ela desabafou e contou sua historia com as lágrimas tocando tua face, nisso Dorival toca seu braço e aperta levemente como forma de apoio e um olhar de compaixão que ela não via há muito tempo, como se ele soubesse exatamente como se sentia. Ela deu um sorriso tímido de agradecimento.

Naquele mesmo dia...

Ele a chama no privado e conta sua história, tão triste como a dela, pois a esposa dele havia morrido com a mesma doença e durou mais de um ano. Ela soube naquele momento que conseguiu um amigo que sentia o mesmo que ela.

Eles passaram a se encontrar além das sessões, iam ao cinema, restaurantes, museus, compartilhavam suas vidas e um dia ele a surpreendeu com um beijo.

Ela se assustou e foi embora. Na cama Iris não tirava o beijo de sua cabeça. Ela vivia em um conflito angustiante, por um lado o queria, pois retribuiu o beijo; por outro lado, sentia  como se estivesse traindo o marido, sentia-se culpada e aquilo durou dias.

Quando Diego foi embora ( ela disfarçou bem e não lhe disse nada), ela mandou um áudio para Dorival pedindo desculpa pela reação, que estava muito confusa e para se afastarem por uns dias. 

Ele respondeu que entendia e que respeitaria, mas que ela mexia muito com ele, a primeira mulher depois de tantos anos. 

Iris também percebeu que não tinha como negar que ele também mexia muito com ela e passou a sentir paz.

Ela voltou a frequentar o grupo depois de duas semanas ausente. A sua volta foi comemorada com muitos abraços e palmas. 

Dias depois.

João e Diego durante o jantar lhe disseram que ela merecia ser feliz de novo, que aceitavam que encontrasse alguém. Que seria difícil para eles no começo, mas ela estava sozinha há tanto tempo, que merecia uma boa companhia. Iris então contou-lhes sobre Dorival, e por mais que não gostassem da novidade, eles a apoiaram a encontrá-lo.

Íris ligou para Dorival e conversaram muito, então ela o convidou para saírem. 

_ Convidando um homem para sair? Você está moderna, hein? Vai pagar a conta também, ou dividir? Ambos riram.

_ Não é pra tanto, ainda acho importante o cavalheirismo. Você paga. Eles riram de novo.

Era tão fácil a conversa entre eles. Talvez até mais do que com Daniel, mas ela nunca se esquecerá dele, assim como Dorival não se esquecerá da sua falecida esposa, Morgana, mas precisam seguir em frente.

Iris voltou a se cuidar mais; seus olhos e sorriso passaram a ter brilho novamente. Ela parecia mais jovem e feliz.

Seus filhos parecem ter renovado as energias deles, como se ver a mãe deles feliz dava-lhes motivos para seguir em frente também. João foi ao nutricionista e estava se exercitando. Diego foi buscar um terapeuta. Tem um longo caminho para seguir, mas nenhum deles desistirá de ser feliz, assim como Iris.

 

 

 

 

 

 




DIA DIFÍCIL

 Hoje está tão difícil.  Só queria desaparecer, evaporar como fumaça, e parar de dar trabalho. E ao mesmo tempo eu me sinto tão egoísta.  Te...