segunda-feira, 20 de novembro de 2017

VIVIAN E O PODER DE LUTAR


Era um dia bem chuvoso e frio e Vivian se perdia em seus pensamentos sobre quem realmente era e para que razão estava nesse mundo, enquanto tentava ler um livro.
Vivian é uma moça trabalhadora, que desde muito pequena ajudava a mãe cuidar dos três irmãos mais novos. Ela muitas vezes deixava de brincar e se divertir para dar banho, comida aos irmãos, ou apenas distrai-los, enquanto a mãe cuidava da casa. Outras vezes ela cuidava da casa e a mãe cuidava dos menores. Ela sempre foi uma moça exemplar, pois sua mãe era muito rígida com ela e só começou a sair com colegas da escola, conhecer rapazes quando o caçula já passava dos oito anos de idade. Ela se tornou uma mulher triste, sem crença e sem esperança, ou motivação para ir atrás do que desejava, pois na verdade, ela nem sequer sabia o que realmente desejava. Ela se via sem rumo, sem perspectiva de vida. No entanto, ela não queria o mesmo destino da sua mãe, uma mulher solitária; frustrada com a vida que tinha e ela se culpava muitas vezes por ter nascido quando a mãe estava no auge da adolescência, sem nenhum preparo para a vida. Ela sentia ter atrapalhado a vida da mãe e Luiza também nunca lhe demonstrou afeto de mãe, o que fazia com que essa culpa e peso em seu coração só aumentasse, apesar de Luiza ter lhe dado comida, um teto, a vestiu e calçou, ela apenas necessitava urgentemente de carinho.
Webert, o caçula, era o mais apegado a ela, e ela em muitos momentos sentia-se como sua mãe e ia dormir em sua cama juntinhos, transferindo calor e amor  um para o outro.
Vivian é atendente de caixa num supermercado próximo a sua casa, assim não precisa gastar muito tempo e dinheiro com transporte e é tanto trabalho que não tem tempo para si mesma.
Ela espera um dia casar-se com um homem bom e ter um filho para cuidar.
Webert sempre lhe promete que será rico e lhe dará a vida que merece, pois ela é como uma mãe para ele e ela sempre se comove. Ele é sua inspiração para não desistir de viver, ela sente vontade de lutar para que ele se sinta orgulhoso dela.
Ela começou estudar e hoje está cursando pedagogia para quem sabe futuramente ensinar o que ensinava aos irmãos quando pequenos. Ela sabe que perdeu muito tempo em sua vida, mas nunca é tão tarde assim para começar algo, é o que Webert, seu maior incentivador lhe diz diariamente.
Sua desesperança foi desaparecendo e uma luz no fim do túnel apareceu, o brilho em seus olhos voltou depois de muitos anos apagados. Ela começou enxergar algo que sua alma já tinha esquecido: alegria, perspectiva de vencer. Ela voltou a acreditar. Quanto tempo irá durar não se sabe, mas enquanto ela tiver Webert contigo ela terá ânimo e força para alcançar seus objetivos, não deixar de sonhar.
Sua mãe e irmãos moram em outra casa enquanto ela alugou um quarto para morar e o irmão mais novo se juntou a ela. A relação com a mãe continua difícil, mas espera que um dia Luiza a perdoe e elas possam ter uma relação com mais cumplicidade, amizade. Ela e os irmãos tem uma relação de união  que ela nunca irá querer destruir.
Ela é uma nova Vivian, uma mulher que aprendeu sobre seus desejos, que tem metas, sonhos e que não abre mão deles por nada, exceto por Webert, seu filho do coração, por quem daria a vida, pois seu coração há muito tempo já pertence a ele.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

ELOÁ E O DOM


Eloá é uma menina que mora no interior de Minas Gerais, seus pais são separados desde o seu nascimento, pois seu pai sempre que bebia tornava-se agressivo até sua mãe não suportar mais tudo aquilo e fugir com a filha.
Sua mãe é diarista numa casa de um dos homens mais conhecidos e ricos da região norte do estado, mas mesmo assim ela  e Eloá passam por necessidade dentro de casa. A menina sempre fora privada de brinquedos caros, roupas e calçados de marca, sempre recebiam doações e eram gratas, pois Dione mal tinha condições de sustenta-las com o básico e pagar as contas da casa, como: aluguel, água, luz, gás, remédios quando a menina adoecia.
Eloá às vezes chorava em um canto de saudades do pai, mas ela também entendia que ele fazia mal pra elas, embora ainda tão pequena, já tinha passado por coisas que a fizeram amadurecer um pouco mais que outras crianças de seis anos.
Ela era séria, muito tímida, porém, ainda conseguia sonhar com um mundo mágico em sua cabeça e imaginação de criança. Ela sonhava em trabalhar e ser muito rica igual as meninas que ela via na escola onde estudava durante o dia, para que sua mãe pudesse trabalhar tranquila. Ela poderia ter tudo que quisesse e daria um monte de coisas para sua mãe para ela sorrir de novo. Ela poderia até viajar para ver seu pai, que para Eloá, ele ainda era seu herói, apesar dele fazer as duas chorarem tantas vezes nas noites em que chegava embriagado em casa e quebrava quase tudo que tinham por qualquer motivo tolo. Ela ainda o amava e sentia falta dele, que era tão carinhoso e brincalhão com ela quando estava sóbrio. Eloá sonhava em ser médica para cuidar dos pacientes, fazê-los sarar, assim como fazia com sua boneca Carlota, que muitas vezes ela sujou de tinta e depois passava pano e limpava e dizia que sarou. Coisas de criança.
Dione ficava tão orgulhosa da filha e sempre a incentivava a sonhar, a acreditar que ela podia tudo se acreditasse em Deus, em si mesma, estudasse muito e fizesse sempre o melhor que pudesse.
 Eloá cresceu e estudou arduamente até conseguir passar para a faculdade federal de medicina. Dione ficou tão orgulhosa de sua filha que esse sentimento mal cabia em seu peito.  Ela continuava como diarista e o pai de Eloá tinha falecido um ano antes, devido a problemas no fígado, causados pelo excesso de álcool. Ele entregou-se ao álcool definitivamente quando sua filha foi tirada dele daquele jeito e infelizmente não teve força interior suficiente para lutar contra o vício, ou aceitar internação para se recuperar, invés disso, ele simplesmente bebia dia e noite até morrer.
Quando Dione soube culpou-se por ter afastado a filha dele, mas temia pela segurança das duas, por isso havia fugido para bem longe. Embora Eloá nunca tivesse culpado a mãe, ela se sentia mal por não passar mais tempo com ele, andava muito triste, queria desistir de tudo e ir para ver o pai pela última vez, no entanto, elas não tinham dinheiro para viajar. Elas estavam muito deprimidas e sofriam em silêncio, nada como o tempo para superar. Ela voltou a estudar com afinco e quando se formou em medicina, ela soube que era um dom que Deus lhe deu e lutaria por seus pacientes com todo o amor que recebeu. Afinal, ser médico é cuidar do dom que Deus deu com carinho e o dela era ser uma médica carinhosa e dedicada aos seus pacientes. As vidas delas mudaram d'agua pro vinho e hoje ela é rica; dá tudo que pode para a mãe sorrir; porém, não poderá reencontrar seu pai um dia, mas ele estará sempre onde ninguém tira: seu coração.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

RAMBO-O CÃO GUERREIRO


Rambo é um cão chiuaua de pêlos negros e marrons. Ele é doce e brincalhão, mas quando se depara com um estranho ou cachorro grande, ele vira valente e enfrenta latindo, rosnando sem parar.
Um dia ele estava dormindo e logo sonhou. No sonho se transformou em um cão guerreiro e forte.
Rambo usava um lenço vermelho amarrado no pescoço e estava com sua família em um vale onde foram cercados por muitos lobos.
Estes rosnavam e todos estavam muito amedrontados, pois temiam ser devorados por  aquela alcatéia feroz.
No entanto, Rambo não ficou quieto, pois defenderia sua família até o fim. Ele rosnava e ia para o ataque tentando mordê-los usando toda sua força para machucá-los, e apesar dele ser tão pequeno e eles rirem dele, os lobos admiravam sua coragem e lealdade.
Muitas vezes os lobos o mordiam e o jogavam longe, ele porém, não desistia e voltava ganindo de dor e os enfrentava. O pai e o garoto tentaram afastar os lobos jogando  umas pedras que encontravam no chão, mas os lobos aproximavam deles e Rambo os defendia. A mãe e o bebê apenas choravam assustados. Todos gritavam: vai Rambo, nos salve. Você consegue!
Ele juntou todo esse incentivo, lembrou-se dos filmes de Jack Chan que assistia junto com o garoto e pulou no pescoço de um deles, mordeu depois fez o mesmo em vários outros até o restante desistir e irem embora.
Todos o abraçaram muito gratos por Rambo ter salvado as vidas deles. Durante o sono Rambo rosnava, mexia as patas e parecia muito bravo, mas quando ele acordou estava todo feliz depois de ser um guerreiro em seu sonho, embora ninguém em sua casa saiba.

DIA DIFÍCIL

 Hoje está tão difícil.  Só queria desaparecer, evaporar como fumaça, e parar de dar trabalho. E ao mesmo tempo eu me sinto tão egoísta.  Te...