sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

TE VEJO







Te vejo   em cada canto desse lar.
Lar que transformou em seu e que o preencheu com sua grandiosa presença.
Te vejo quando vou comer,
Te vejo quando chego em casa e você estava lá pedindo um pouco de carinho e atenção.
Te vejo deitada olhando pra mim pela última vez e eu nem sabia, mas você já, né?
Você não sai dos nossos pensamentos.
Os primeiros dias após sua ausência foram ainda mais dolorosos.
Te vejo tão companheira, tão sorridente, dócil e muito especial.
Todos que a conheceram comentavam o quanto era boazinha.
Nós te amamos como parte da família.
Que falta você nos faz Akirinha.
Saudade que faz meus olhos se encherem de lágrimas, pois sua falta ainda dói.
Foi melhor pra você, e isso conforta nossos corações
O vazio que nos trouxe com a sua partida será eterno;
Assim como o amor e a alegria que vieram junto com você.
Obrigada por fazer parte de nossas vidas.

sábado, 9 de novembro de 2019

NADA


Alguém em algum momento se viu diante do nada?
Sentiu-se um nada?
Quem nunca, não é mesmo?
Às vezes tudo o que queremos é não pensarmos em nada, mas os pensamentos  não param de vir.
Pensamos em coisas que entristecem ainda mais nossa alma.
E esse nada é persistente.
Que droga! Isso não vai passar?
Dizem que gerenciar nossas emoções faz parte gerenciar nossos pensamentos.
Lamento, ainda não consigo.
 Pensamentos positivos?
Ainda não dá.
O choro foi inevitável e me detestei por isso.
Olho para o presente razoável e para o futuro não consigo ver nada.
Não sei me definir com uma palavra.
Estou perdida,angustiada e vazia.
O que fazer?
Quero sorrir com a alma e com todo meu ser.
Por enquanto é só com o rosto mesmo.
Odeio chorar.

domingo, 20 de outubro de 2019

MONIQUE E AS SUAS CRENÇAS



Monique é uma mulher que vem passando por decepções amorosas, amores não recíprocos desde a adolescência e isso fez com que seu coração endurecesse um pouco. Ela diz para as pessoas que desistiu de encontrar um amor, mas no fundo ela ainda tem um restinho de esperança de que encontre alguém que mexa com seu coração e que esse sentimento seja recíproco. Suas crenças têm mudado. Crenças sobre si mesma, o mundo ao seu redor, e até a parte espiritual. Ela passou a acreditar que quanto mais aberta a gente deixa nossa mente, mais empáticos nós somos com os outros, aceitamos e acolhemos melhor o que é diferente da "nossa bolha". O mundo ao nosso redor se torna mais humano;
Quanto mais fechada, limitada a nossa mente baseado no que era antigamente, nos foi ensinado e não é já alguns anos, mais julgamos o próximo e os atacamos por ignorância, intolerância. Aprender coisas "fora da nossa casinha" nos dá a liberdade de aceitar, gostar ou não de algo e nos revoltarmos com o que vemos todos os dias; mas nos permite respeitar e até admirar, praticar o que antes não conhecíamos. Tudo isso tem tornado Monique uma mulher mais orgulhosa da maturidade que tem adquirido, apesar da insegurança com o próprio corpo. Às vezes ela se sente um mulherão, e também um lixo. Hormônios femininos? Certamente. No entanto, ela não se ilude com as mulheres "perfeitas" que vê nas redes sociais e na tv, pois ela sabe que elas têm uma história de vida nem sempre fácil e são muito mais do que aquela perfeição que aparentam. Só que mídia,rede social iludem, deprimem e acaba. com a autoestima de tantas mulheres que veem isso sempre e se perguntam: por  que sou assim? Queria mudar tudo em mim.
Hoje ela sabe que não precisa salvar nem completar ninguém, muito menos ser salva ou ser completada, só quer alguém para acrescentar em sua vida, fazê-la ser ainda mais feliz do que deve ser, e vice- versa. Você se apaixonaria por ela?

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

AS AVENTURAS DE JOSINHA E A CADEIRA DE RODAS




Josinha é uma garotinha peralta e alegre, que não deixa sua cadeira de rodas e suas limitações físicas impedi-la de viver suas aventuras, assim como qualquer criança de sua idade.
Josinha teve uma doença que quase ninguém sabe que existe em crianças, apenas em pessoas idosas, Artrite Reumatóide Juvenil. Essa doença desgasta os ossos das juntas, como: mãos, pés, joelhos, etc. Além de atrofiar e causar muita dor, e mesmo com a fisioterapia que ela faz; que impede que a doença ainda sem cura piore; ela ainda assim sente dores, tem rigidez das juntas quando acorda, toma remédios para controlar a doença e as dores desde os seus sete anos. Esta história aconteceu há mais de vinte anos quando nem mesmo os médicos que cuidam dessa doença sabiam muito sobre ela, por isso suas limitações e dores aumentaram levando-a para a cadeira de rodas. Hoje felizmente os médicos já sabem identificar os sintomas de forma mais rápida e pedem os exames certos. Eles já começam a tratar logo evitando que as crianças sofram como Josinha sofreu.
A garotinha passou a amar sua cadeira, apelidando-a de coleguinha e pintando-a de azul e lilás, suas cores favoritas. Ela e sua coleguinha brincam de esconde-esconde com sua irmã mais nova, Ane. Ane senta em seu colo e vai segurando e soltando a coleguinha na rua de sua casa, que é uma pequena ladeira; ou empurra a cadeira da irmã o mais rápido que consegue e depois solta para que Josinha a freie a tempo para não se machucar.  Felizmente quase não passa carros ou motos ali. Ambas riem e se divertem muito juntas.
Elas estudam, mas como Josinha não tem amigos para brincar no recreio, Ane lhe faz companhia e lancham juntas. No começo a garotinha de cabelo preto escorrido sofreu muito, mas hoje ela já aceitou que seus colegas gostam de brincadeiras, correr e ela não pode. No entanto, ela é grata e feliz por ter uma irmã que a ama e cuida dela. Elas são uma pela outra.
Sua mãe ficava de cabelo em pé, por causa das brincadeiras das filhas.
Um dia de sol Ane pediu a mãe um pouco de dinheiro para comprar picolés, pois o moço passava todos os dias em sua rua vendendo, então sua mãe lhe deu o dinheiro e a garota saiu saltitante de alegria. A verdade é que elas planejaram antes de dormir saírem do bairro em que moram e se aventurarem um pouco até acharem uma sorveteria para comprarem seus picolés. Elas não imaginavam os perigos que uma cidade tem para duas garotinhas sozinhas. Por isso saíram orgulhosas da rua e Ane empurrando a cadeira até cansar, paravam em barzinhos, entravam em comércios, pois o sol estava muito forte. Elas viram muitas coisas boas, bonitas, mas também viram mendigos na rua pedindo dinheiro, homens maliciosos oferecendo-lhes doces, ladrões assaltando pessoas, só que elas seguiram os conselhos de seus pais para não aceitarem nada vindo de estranhos, nem conversarem com eles, exceto para pedir ajuda. Elas atravessavam as ruas nas faixas de pedestres, olhavam para os lados ao atravessarem e nada de acharem uma sorveteria. Josinha e Ane estavam cansadas e com muito medo pelo que tinham visto, mas estavam longe de casa e não sabiam voltar para casa, estavam perdidas. No entanto, elas queriam terminar aquela aventura, queriam comprar seus picolés na sorveteria. Nesse período em que estavam longe de casa sua mãe foi chamá-las para lanchar e nada de encontrá-las na rua, perguntou para vizinhos, e como sempre, nestas horas ninguém vê nada, então ela começou a chorar desesperada. Onde estavam suas filhas? Ligou para o marido e lhe contou o que aconteceu. Ele largou a oficina mecânica onde é dono e saiu para buscar a mulher para procurarem as meninas. Só procurariam a polícia em último caso.
Josinha e Ane finalmente encontraram uma sorveteria e aliviadas foram até lá. Chegando elas pediram picolés de chocolate e de morango, mas quando foram pagar o dinheiro não era suficiente. O moço que passava em sua rua cobrava aquilo; elas disseram. A vendedora então vendo como elas ficaram tristes e aparentavam estar muito cansadas deixou por aquele valor, e perguntou-lhes por que estavam sozinhas.  Elas orgulhosas lhe disseram tudo. Vilma, a vendedora explicou-lhes que não podiam fazer mais aquilo, pois era perigoso e perguntou onde moravam, Josinha disse o endereço, mas que não sabiam como voltar. Vilma voltou ao balcão e ligou para seu namorado que era policial e explicou a situação das garotas. Ele não demorou a chegar e carinhosamente levou-as para casa. Seus pais que haviam chegado da rua há poucos minutos, pois estavam procurando-as, abraçaram-nas aliviados. A mãe agradeceu ao policial que lhe explicou tudo. Eles colocaram-nas de castigo; um mês sem brincar na rua; e ainda fizeram-nas prometer que não voltariam a fazer aquilo. Elas não fariam novamente, pois apesar de tudo que viram e do castigo, elas viveram uma grande aventura e isso as uniu ainda mais. Elas continuam grandes amigas além de irmãs.
Ah! Josinha fez novas amizades na escola e ela é feliz, apesar das limitações, mas ela se supera todos os dias.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

A DOR DA RECUPERAÇÃO


Estou aqui me sentindo presa e muito dependente. Fora as dores.
Não consigo quase me mexer, e ainda com mais cicatrizes pelo corpo.
Está difícil pra mim agora, mas pra quem não está?
Quem já passou por cirurgia e não sofreu  na recuperação?
Preciso ser forte.
Preciso ser otimista.
Logo passará.
É necessário ter muita paciência e pouca autocobrança.
Cadê você paciência?
Apareça, por favor.
Cobrar- me é o que mais tenho feito.
Isso deprime a mim, ao meu coração, no qual eu sou guardiã.
 E também quem está comigo a todo momento. Esta sente ingratidão da minha parte.
Ela é minha razão de resistir, de aguentar tudo com um sorriso, quando a vontade muitas vezes é chorar, me esconder e deixar o barco sumir de vista.
Uns realmente se preocupam e torcem, ajudam, fazem o que podem e isso emociona.
Há outros que só fingem se preocupar, ou oferecem ajuda sem quererem de verdade ajudar.
Isso se vê nos olhos, sente nas palavras.
Querem tirar o peso na consciência? ou simplesmente querem mostrar para os outros que estão fazendo algo mesmo sem no fundo quererem?
Eu não sei.
Só sei que quando vimos isso vindo dos mais próximos dói.
Eu apenas espero que esse processo de recuperar seja rápido e menos doloroso.

sábado, 20 de julho de 2019

DIONE E A BUSCA PELO AMOR PRÓPRIO


Dione é uma mulher hoje, mas uma como milhares ou milhões dela por aí que não sabem se amar, se valorizar, só priorizam os outros.
Dione é filha única, no entanto, seus pais nunca tinham tempo para ela. A  vida social deles era mais importante do que passar um tempo com a filha.  Seu pai era político e sua mãe sempre o acompanhava deixando a garotinha com a babá.  Meire era a única pessoa que lhe dava atenção e afeto naquela casa, porém ela necessitava de seus pais, que sequer notavam-na, apenas lhe davam presentes como compensação por suas ausências.
Dione tornou-se uma criança introspectiva e solitária, sua babá tentava suprir a falta dos pais, mas ela sabia que não era suficiente. Por várias vezes a garotinha dormia após chorar de tristeza. Ela não conseguia fazer amigos, não se sentia boa o suficiente para isso.
E a vida foi passando. Dione era conhecida como estranha, pois vivia em seu mundo próprio. Ela cresceu e tornou-se uma jovem solitária e linda, mas se sentia um nada.
Ela formou-se e foi fazer faculdade de  medicina veterinaria de animais grandes, assim ela continuaria em seu mundo e ficaria com sua companhia, os cavalos. Seus pais tinham um haras no qual ela ia sempre e lá ficava por horas após o curso. Ela não acreditava ser boa e bonita para namorar alguém. Ela gostava de um rapaz, mas ele era bonito demais para ela. Então toda vez que ele puxava assunto com a mesma, ela respondia timidamente e dava um jeito de recuar evitando qualquer aproximação.
Ela se sentia triste e com raiva de si mesma. Ela não se sentia amada por seus pais. Ela esperava que eles mudassem, mas tinha medo de que a mudança deles não mudasse mais nada dentro dela. Ela temia não acreditar nesse amor após tantos anos.
Ela ligou para um psicoterapeuta, pois não suportava mais viver e se sentir como estava se sentindo.
Foi duro e ela chorou muito na primeira sessão.
As sessões seguintes foram ainda mais dolorosas. Paulo, seu psicoterapeuta era doce, amigo e às vezes duro demais com ela, que muitas vezes pensou em sumir de lá. Mas era persistente, queria mudar e ser quem gostaria de ser. A verdade é que ela gostaria de saber quem era. Ele chamou seus pais para conversarem sobre Dione, porém seus pais se recusaram dizendo que era uma bobagem e que tinham mais o que fazer.
Ela ficou muito deprimida e sentiu-se desvalorizada e um nada para eles. Dione descobriu que na verdade essa autodescoberta e amor próprio iniciaram na terapia e permanece até quando quiser.
Nessa descoberta de si mesma ela passou a refletir: _ A mídia e a internet têm falado tanto sobre amor próprio, autoestima, priorizar-se, porém, as músicas, especialmente as sertanejas gostam de cantar canções em que você se doa totalmente para o outro, aceita ser cobaia, bebe até não aguentar mais porque o outro o deixou, o outro é a razão de ser feliz.  Isso não faz sentido para ela.
Paulo riu de sua observação e parabenizou-a pela reflexão.
Ela começava a se sentir bem consigo mesma e passou a correr atrás de livros e vídeos que a ajudassem a descobrir-se e se amar primeiramente, acabar com a carência que a persegue por anos  e depois perdoar seus pais pela ausência e falta de carinho, atenção.
Ela se sentirá feliz em sua própria companhia e será realizada no processo mais longo e compensador de sua vida com ela mesma e na sua futura profissão.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

SUPER HEROIS


Victor e Miguel são uma dupla de super heróis e irmãos que combatem os inimigos e enfrentam  os perigos de MOC city. Vitor tem visão raio laser, que destrói tudo o que pode atravessar seu caminho e vê através da parede, porta, e fica invisível; enquanto Miguel ouve pensamentos, e voa.
Eles têm uma irmã pequena, Agatha, que ainda não sabemos seu poderes, mas sabemos que logo se revelarão. Ela foi sequestrada por um grande inimigo dos super heróis, o Super Corrupto, como isca para colocá-los em uma armadilha e prendê-los. Assim, o super corrupto pode roubar todo o dinheiro da cidade, deixando-o milionário, enquanto que a população passa ainda mais dificuldades. A família ficou desesperada, especialmente sua mãe, Aline, que tem um olhar que deixa o inimigo parado, que nem estátua. Eles armaram um plano quase infalível para pegarem a bebê de volta.
Aline usou todo seu charme e magia para encantar o inimigo, enquanto os super heróis entravam no hotel dele em busca da irmã, usando seus poderes para encontrá-la. No entanto, Cony, o corrupto não era bobo e não caiu nos encantos da heroína Aline. Ele saiu para o hotel para pegar os garotos com sua super velocidade, porém o herói Lucas foi mais rápido e o interrompeu com seu poder de congelamento e desapareceu com ele, deixando Cony no Alasca e voltou. Resgataram a pequena heroína,(que descobriram mais tarde que era mais forte que um touro) e estavam unidos novamente e em paz até o retorno do Super Corrupto ou aparecer outro inimigo.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

BRACE, O POTRO


Brace é um potro negro com três listras brancas envolta do pescoço, dando-lhe um charme e o diferenciando dos outros. Sua crina era cortada como um rastafari. Ele foi presente do pai ao pequeno Caio, um menino doce, de seis anos, que há poucos meses havia perdido a mãe devido uma doença rara. O próprio garoto escolhera o nome. Ele ficou muito contente em receber o animal, pois via nele um amigo, um apoio naquele momento tão triste para ele. Ele então perguntou ao pai como era apoio em inglês, seu pai pesquisou no Google e disse-lhe:
Apoio é brace,filho, ou support. Porém, o garotinho achou mais bonito, brace. Seu lindo potro se chamaria Brace.
O menino várias vezes chorava de saudade da mãe abraçado ao potro, que sentindo a tristeza do garoto ficava quieto. Alguns destes momentos eles chegaram a dormir juntos na varanda, onde Brace ficava.
Eles também cavalgaram muito juntos pelo vilarejo onde Caio e o pai moravam.
Caio tinha dois portos seguros, seu pai Lucas e Brace.
Após a chegada do animal, a vida de Caio melhorou muito e ele voltou a sorrir, brincar, ser criança novamente.
Brace cresceu e tornou-se um majestoso cavalo.  Os dois cresceram e também a amizade, companheirismo deles só  fortaleceram.
A saudade não dói mais, mas quando ele sente muita falta da mãe ele pega seu retrato e fica abraçado com seu amigo até adormecerem.

domingo, 5 de maio de 2019

CONFLITOS


Olho para trás e a vontade é de parar.
Dar um stop no controle remoto por tempo indeterminado.
Sabe quando bate aquele arrependimento de coisas que fizemos e não valeram a pena?
Desejo de voltar no tempo e apagá-las.
E aquela dor no peito que dá quando vimos quem amamos  sofrer e nos sentimos inúteis por não saber o que fazer?
Às vezes tudo o que importa é tentar, continuar seguindo, apesar de tudo.
Meu coração anda aflito. Por que?
Acontecimentos em um futuro próximo me impedem de ver um futuro mais distante.
Não consigo sequer me imaginar daqui 05 ou 10 anos.
A descrença mesmo sem eu querer perturba meu ser.
Por que não creio, embora tenha motivos diários para crer?
Há tantas pessoas em situações bem piores do que a minha.
Te amo e queria tê-lo comigo, mas se o sentimento não é recíproco não tem como durar.
Insistir para quê?
Coração quer você; e a mente diz Não compensa.
Quero realizar coisas, mas adio devido a não visualização de um futuro longínquo.
Sonhos que não deveriam ser adiados, afinal, quem sabe como será o dia de amanhã?
Coração e mente em conflitos constantes. O que fazer?
Como disse no poema Vida uns anos atrás; será que estes conflitos nunca acabarão?
Estes que me fazem sentir aflita, insegura, egoísta, etc.
A solidão não ajuda a diminui-los, mas antes só do que sofrer de solidão mesmo acompanhada. Isso dói mais.
 Conflitos externos ou internos, infelizmente não sei qual mata mais hoje em dia.
Conflitos podem matar corpos, mas também adoecem almas.

sábado, 4 de maio de 2019

FAMILIA UNIDA PELO MAR



Em um dia de sol um garoto sai escondido de sua casa e perambulando pelo porto ele encontra um veleiro que descobre mais tarde estava escrito ATLAS. Então o menino resolve se esconder do dono do barco, e também de seus pais; das surras diárias, do medo constante de que possam fazer algo pior do que espancá-lo. Ele é um menino quieto, desconfiado, assustado, que nos seus oito anos de vida só tem um sonho; ser livre e estudar. Seus pais só vivem alcoolizados e sem tempo sóbrio, ou disposição para levá-lo a uma escola.
Escondido no barco ele percebe que o dono começou a navegar pelas águas calmas e acinzentadas daquele mar.
Um homem de barba serrada, touca  para tampar seu cabelo e proteger-se do frio cortante. Já no meio do mar viajando para a Suécia, ele se encontra com o garoto tremendo de frio no chão da cabine. Assustado o homem o acordou, fê-lo ir para a cama e o cobriu com vários cobertores, além de dar-lhe um chá quente para aquecê-lo de forma mais rápida.
Enrico estava assustado, temeroso de que aquele homem o levasse de volta para casa. Ele começou a chorar e implorar para que o senhor  não o levasse para casa, ou poderia morrer.
Sócrates emocionado consola o garoto, mas para não demonstrar  sua vulnerabilidade ele se esforça para não derramar lágrimas. No entanto, ele prometeu ao Enrico que nunca faria isto e os dois viajariam juntos.
O menino e Sócrates viajam pelo mundo e quando os pais deram falta dele e procuraram a polícia, o homem soube da procura e antes que o prendessem por acusação de sequestro, ou coisa pior ele pediu a guarda do garoto provando que ele queria e precisava tirar o menino das garras dos pais.
Sócrates pôs o garoto na escola e nas férias eles viajam de barco, enfrentando tempos bons e tempestades, e o garoto tem muitas histórias para contar aos amigos sobre tudo o que viu. Eles agora estão felizes sem o vazio e solidão que os rodeava.

sábado, 27 de abril de 2019

LUIZA & MARLON; DESEJO SEM PRESSA



Luiza e Marlon formam um casal fofo, que na verdade em suas mentes têm grandes fantasias e um desejo imensurável um pelo outro.
Na primeira vez deles não teve pétalas de flores, não teve quarto de luxo, nem champanhe, ou morangos com chantilly; era apenas um apartamento normal, com um aparelho de som e eles.
Ela simplesmente lhe pediu: _ Ma, eu quero fazer amor com você sem pressa, curtindo nosso momento juntos e nossos corpos unidos.
Eles se beijaram com amor e desejo inflamados, mas ele solta delicadamente dos lábios de Julia e começou a mordiscar seus braços, por a língua no seu ouvido, fazendo-a se contorcer pelo arrepio. Ela segura seu rosto com as duas mãos e antes de se beijarem de novo eles se olham profundamente. Ela sussurra em seu ouvido:_ Sou tua, minha delícia. Ele respondeu-lhe: Eu que sou todo seu e de forma suave tirou a blusa dela e beijou os ombros. As mãos dela percorriam o corpo dele, arranhou-lhe um pouquinho as costas. Ele admirou sua lingerie de um azul suave, rendado, do jeito que ele gosta. Ele a elogiou e depois retirou a peça. O jovem já havia tocado em seus seios antes, porém por cima da roupa. Quando ele viu ao vivo admirou de forma demorada antes de tocar e acariciar com mãos e boca. Ela apertava seus braços e gemia baixo:_Humm. Não para, Ma. Que bom. Enquanto sua boca se prendia aos seios, suas mãos percorriam barriga, costas, pernas, bumbum e o apertava trazendo-a mais para si. Ele deslizou a boca para sua barriga, fazendo-a se contorcer de prazer e cócegas e depois voltou aos seios.Ele deslizou  sua boca até as intimidades dela. Ele a conhecia tempo suficiente para conhecê-la melhor e confiar nela, e ela nele. Depois que ela se desmanchou de prazer com ele, foi a vez dela retribuir e dar-lhe o que ele lhe deu.
Começou a beijar seu pescoço e nuca, que  o fazia arrepiar-se. Beijou-o de forma mais intensa dessa vez, e o deixou mais louco. Ele gemeu quando ela beijou seu peitoral, barriga, coxas  e o virou de bruços, beijou suas costas e o massageou. Quando ela o virou de costas novamente e começou a acariciar sua fonte de prazer, de início usou as mãos e depois a boca. Ele explodiu de prazer sobre os seios de Júlia.
Eles foram tomar um banho juntos e lá tudo recomeçou. Eles estavam deliciados com aquele dia. Eles foram para a cama e lá ele lhe pediu: _ Ju, só estamos nós dois aqui, se solta, seja o que não é na rua. Nunca vou te julgar, vou te amar. Você é perfeita pra mim. Ela sorriu, o abraçou forte e agradeceu. E ela se transformou numa forma que o surpreendeu e a ela também. Nunca tinha sido assim no seu relacionamento anterior, mas águas passadas, ela agora estava realizada com Marlon e segura, sentindo-se uma mulher de verdade. Eles terminaram extasiados e exaustos. Foi uma noite de muito suor, fluidos, safadezas e amor entre eles. Deitaram e depois de algumas horas comeram e tudo recomeçou ainda melhor do que antes e sem pressa.

domingo, 21 de abril de 2019

QUERO


Eu quero tantas coisas:
Quero ser menos ansiosa;
Quero sentir-me menos solitária;
Quero que as pessoas sejam mais generosas e menos cruéis umas com as outras;
Quero voltar acreditar em milagres;
Quero voltar a ter fé;
Quero poder andar a noite ou de dia sem o medo da violência que nos rodeia ultimamente.
Queremos apenas paz e tranquilidade;
Quero ter mais coragem e ajudar mais o próximo;
Queria poder fazer um mundo melhor;
Queria que a vida voltasse a ser mais simples, com  pessoas menos materialistas e consumistas.
Quem não quer simplesmente ser feliz sem depressão e sem tantas doenças tão difíceis de lidar?
Quero um mundo com mais amor, sem frescuras e sem haters.
 Afinal, ninguém é perfeito e nem queremos ser julgados por ser quem somos.
Enfim, quero um mundo bem melhor do que temos hoje.
É querer muito?
Eu realmente espero que não.

quarta-feira, 20 de março de 2019

CABULI

Cabuli é um peixe que se parece muito com o Nemo, mas ele é maior, ou melhor, mais comprido. Ele adorava brincar de quem chega primeiro na superfície do mar.
Ele tem até um amigo tubarão-martelo filhote, que se chama Pontudo.
Eles já haviam se deparado com vários objetos que  humanos usam na praia e que acabam chegando no fundo do mar, devido a falta de cuidado com o meio ambiente.
Um dia Cabuli estava brincando de esconde esconde com seus amigos quando estava passando por uma pedra e sentiu algo o prendendo. Ele pediu ajuda. Socorro! Estou preso. Quanto mais se mexia, mais preso ele ficava naquele saco plástico.
Seus amigos foram tentar tirá-lo dali, mas foi em vão. Nem o Pontudo conseguiu ajudar o amigo.
Todos estavam frustrados e tristes.
Cabuli choramingava baixinho e pensava: Será que vou morrer aqui? Será que ninguém vai me tirar daqui?
No outro dia pela manhã já dormindo depois de ter tentado diversas vezes se livrar daquela coisa.
Para sua sorte apareceu um mergulhador, que se aproximou dele e disse que apenas iria ajudá-lo a sair dali. Cabuli tremia de medo e ansiedade. Não via a hora de estar livre de novo. O mergulhador cuidadosamente foi cortando o saco plástico até o peixe estar finalmente livre ( eles andam preparados, afinal, nunca se sabe quando vão precisar), guardou o pedaço consigo para não correr o risco de nenhum outro animal comer e morrer engasgado, ou se prender mais vez.
Cabuli dava piruetas de felicidade e sentia-se tão grato por ser salvo. Ele rodeou o moço por várias vezes e este entendeu o agradecimento,  sorriu e disse:_ Vá peixinho. Você está livre agora.
Cabuli nadou e foi para sua família todo alegre, enquanto o mergulhador catava o lixo que encontrava e colocava em um saco, antes de voltar a superfície.
Hoje não só Cabuli, mas os outros peixes estão tomando mais cuidado  e o mergulhador passou a conscientizar mais e mais pessoas sobre a  importância da reciclagem, sobre não sujar as praias e assim o lixo não vai parar no mar trazendo risco para os animais que moram lá. Afinal, todos nós dependemos um do outro, só nos resta cuidar de onde vivemos e de quem vive conosco.

segunda-feira, 4 de março de 2019

SAMUEL E A DESCOBERTA

Samuel é um jovem rapaz de uma gentileza e educação que encanta a todos, mas também tem uma forte personalidade, especialmente quando o deixam nervoso ou quando quer  muito algo.
Sam estuda moda,  pois seu sonho e talento para ser estilista levaram-no para seguir  tal carreira. Porém, ele tem outros hobbies, como tocar violão e fotografar paisagens e a vida cotidiana. Ele é um moreno alto, magro, com um topete que atiça as garotas onde quer que vá e até alguns rapazes.
Ele atrai muitas atenções sempre que chega aos lugares que costuma frequentar, como pubs com música ao vivo onde às vezes toca para ganhar um dinheiro e assim ajudar seus pais. Ele, porém, vive um grande conflito em seu coração quando deita em sua cama.
_Será que gosto de homem ou de mulher?
 As belas mulheres me atraem, me fazem querer beija-las e tocá-las, mas é o Josh que faz meu coração disparar, mexe comigo sempre que o vejo e minhas pernas tremem. Será que isso é amor, ou só confusão da idade?
Às vezes ele perde o sono pensando nisto e tentando acabar com esse conflito que só aumenta com o passar dos dias.
No entanto, em um dia frio Josh ligou para Sam afim de assistirem a série  La casa de Papel e quando os dois estavam assistindo a série a mão de Josh segurou a de Sam, este ficou nervoso e olhou para ele e os olhares se encontraram, um clima mais romântico aconteceu, quando os lábios de Josh encostaram nos lábios do outro rapaz seus olhos se fecharam e Sam não teve mais dúvidas de que estava amando aquele garoto e queria ficar com ele sempre e curtiu o beijo. Seus conflitos sobre quem era chegaram ao fim. Como contar aos seus pais? Deixou isso para depois e preferiu ficar com Josh mais vezes até ter coragem de contar. Ele agora sabia quem era. Ele era Samuel, um rapaz que se amava pelo que descobrira agora, amava Josh, desenhar, fotografar coisas que o inspiravam ainda mais a ser o que quisesse.

domingo, 3 de março de 2019

LÍDIA- CONTINUAÇÃO

Uma semana após sua formatura do ensino médio ela se despediu dos familiares e da chácara, pois não sabia quando voltaria ali.
Lídia viajou com o pouco de roupas que tinha e com o pouco dinheiro que os pais economizaram por anos. Ela viajou para o Rio de Janeiro, onde sua primeira parada foi a praia de Copacabana, lugar que ela nunca tinha ido antes e ficou impressionada. Ela pisou na areia quente e correu para a beira do mar, onde sentiu a água bater em seus pés  e saboreou a água salgada. Que lugar lindo! Foi o que ela disse e foi procurar uma pensão ou albergue até conseguir um trabalho. Ela batia nas portas das casas procurando trabalho e muitos bateram com a porta na cara dela e um dia, já bem chateada e chorando pediu a Deus ajuda, pois não queria fazer nada que ofendesse seus pais nem queria voltar. Não queria desistir ainda.
Ela se instalou em uma pensão e saía todo dia atrás de trabalho. Lídia achou uma lanchonete onde faxinava e ajudava a fazer os salgados. Ela comprou umas apostilas mais baratas e estudava para concurso público em seu quarto com afinco todas as noites e horas vagas. A moça conseguiu passar e assim que foi convocada ligou para os pais dando a notícia. Ficaram muito orgulhosos dela e a parabenizaram.
Ela está feliz e realizada agora trabalhando na previdência social. Lídia alugou um pequeno apartamento onde pagava suas contas e ainda depositava uma pequena quantia de dinheiro para mandar para os pais. Enfim, com o passar do tempo ela juntou o dinheiro que os pais tinham lhe dado e mais um pouco, devolveu-lhes e depois disso economizava o que podia para viajar e viver como sonhava. A solidão era difícil. Sentia muita falta da família e chorava em seu quarto sonhando com as férias para reencontrar os pais, irmãos, parentes e a chácara. Rio era lindo, mas muito perigoso e muitas vezes preferia passar suas horas de descanso no apartamento ao invés de passear e correr risco de morte. Ela tirou férias e foram os dias mais alegres de sua vida na chácara, e um dia passeando na cidade para visitar os tios ela encontrou Jonas, seu primeiro amor. Seu coração ainda batia forte por ele. Ele estava ainda mais bonito e atraente. Ela estava uma mulher linda, bem diferente daquela moça tímida e recatada ,que ele sequer notava na escola. Ele não a conheceu e ela não fez questão de dizer quem era. Não era importante agora. Eles conversaram, riram e depois de tomarem um sorvete ele a deixou na casa da tia e a beijou. Foi seu primeiro beijo e com ele. Ela nem acreditava. Eles se encontraram até o dia da viagem dela de volta ao Rio. Eles passaram a namorar a distância e como ele era farmacêutico não podiam se encontrar com frequência. Quando ele foi visitá-la eles tiveram sua primeira noite juntos. Foi um pouco doloroso, mas também ele foi bem carinhoso. Foi uma noite especial para ambos. Eles estavam apaixonados e ele foi morar com ela até conseguir trabalho numa farmácia no bairro dela. Ela o convenceu a estudar para passar num concurso público na área dele e ele esforçou tanto que passou. Eles agora estão felizes juntos e o plano deles é viajar em um cruzeiro para a Europa. Enfim, Lídia estava feliz e realizada.

sexta-feira, 1 de março de 2019

LÍDIA

Era um dia nublado e todos na casa de Lídia estavam conversando de forma descontraída entre seus pais e parentes que foram fazer uma breve visita e buscá-la. Era um domingo preguiçoso após o almoço e a conversa corria sem pressa. De repente a chuva começa a cair de um jeito calmo e exalando no ar o cheiro de terra úmida. Lídia correu para vislumbrar a chuva pelo peitoril da janela do quarto que compartilhava com Luíza, sua irmã caçula, que no momento brincava de desenhar com os irmãos maiores. Ela ficava fascinada com a chuva caindo tranquilamente no gramado ( pensando que num futuro próximo aquelas gotas deixariam o gramado verde e florido) e no barulho que causava ao tocar no telhado; sem raios ou relâmpagos, trovões, que sempre acabavam por assustar Luiza e os irmãos gêmeos, Luca e Jordano, de seis anos, ruivos com pequenas sardas, assim como sua mãe.
Lídia estudava na cidade durante a semana, onde morava com os tios e nos fins de sexta-feira eles a levavam para a chácara onde sua família morava, uns cinquenta quilômetros da cidade. Lugar onde ela podia subir na mangueira para saborear uma suculenta manga rosa, ou catava as jabuticabas que caiam da jabuticabeira, enquanto sonhava com seu futuro marido, seu colega, Jonas, mas que sequer a notava devido tantas garotas chamarem sua atenção e ela ser tímida, vestir de um jeito mais simples e recatado. Um jeito ainda de menina, não de uma moça de quinze anos, como era.
Jonas é um rapaz que na primeira impressão se mostra um tanto presunçoso, convencido devido sua beleza e riqueza da família, mas quem o conhece de verdade sabe que ele é mais profundo e interessante e ela sente isso, apesar de nunca ter tido a mínima oportunidade de ter trocado uma palavra com ele. Ela sonha com seus diálogos mais profundos, discussões sobre assuntos em comum, almas compartilhadas, sorrisos e olhares que se encontram vez ou outra, dedos que se entrelaçam enquanto conversam e os corações batendo forte. Ela acreditava que eles eram feitos um para o outro, mas que Jonas ainda não a tinha reconhecido. Apesar de todos esses sonhos ou ilusões, a jovem nunca contara para ninguém, pois achava que ririam dos seus sentimentos e pensamentos. Ela não tinha amigos na escola, nem fora. Nos intervalos das aulas e dos afazeres na casa da tia, seu lazer eram os romances que pegava na biblioteca municipal. Ela ama ler e viajar nas histórias. Quando tem um tempo também gosta de escrever em seu diário, este que ela descrevia seus sentimentos mais puros e sinceros sobre Jonas, a família, a vida no geral. Eram sentimentos  muitas vezes de solidão e tristeza por não ter amigos; de dor, porque em certas horas nem ela acreditava que seu primeiro amor se tornaria realidade.
Na verdade, a maioria dos primeiros amores nunca se tornam realidade, só ficam na nossa lembrança como algo inocente e infantil. Uns dois anos atrás Lídia passeava pela rua sem rumo, apenas pensando na sua vida, no seu futuro, tão distraída que quase foi atropelada por uma moto, se não fosse a buzina despertá-la e fazê-la dar uns passos para trás ainda assustada com o coração quase para sair pela boca.
Ela voltou correndo para a casa dos tios e ficou o resto do dia quieta, ela contou para sua tia Marina, irmã de sua mãe o que aconteceu naquela tarde quando voltava da escola e Marina a repreendeu para ter cuidado e não ficar tão distraída, que seu futuro era ajudar sua mãe até o dia do casamento e ensinar aos filhos os deveres de casa, nada mais. _Pare de sonhar com bobeiras, garota! Assim que acabar os estudos eu te levo para morar com seus pais novamente, até que encontre um filho de algum vizinho da chácara de seus pais para casar.
A garota prometeu ter mais cuidado e pediu licença para voltar ao quarto e lá choramingava imaginando um futuro igual da mãe; muito cansativo e entediante, sem maiores expectativas.
Lídia queria estudar mais, queria namorar como qualquer moça da idade, mas queria viver, conhecer o mundo que a mãe nunca chegou a conhecer e não ser apenas uma  esposa com casa e filhos para cuidar. Era  um futuro limitado  demais para ela e não aceitaria isso.
No sábado seguinte ela conversou com a mãe e disse que pretende viajar para a capital quando terminar os estudos, que os ama muito, mas sonha um futuro diferente para ela, nesse ínterim ela até esqueceu de Jonas. Sua mãe ficou chocada, mas aceitou e disse que conversaria com seu Roberto, pai de Lídia, e depois lhe dariam um parecer. A jovem ficou ansiosa o resto do fim de semana e durante a semana inteira, a ponto de não conseguir se concentrar nas aulas, embora seja ótima aluna.
No sábado seguinte seus pais lhe deram a aprovação e ela prometeu-lhes não decepcioná-los enquanto estivesse fora. Ela já estava com saudade, com medo e muita alegria pela perspectiva de sua nova vida no próximo ano.
Ela viveu o resto do ano com dedicação aos estudos, apreensão pelo que viveria e saudade da família, dos pomares, da chuva caindo no telhado...

Próximo ano...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

TURU





Turu é um boto acinzentado, no qual suas nadadeiras coloridas mais parecem asas de borboletas. Ele não se transforma em um homem para seduzir mulheres, como na lenda do boto cor de rosa. Turu é um boto que nada com a suavidade de uma arraia.
Turu estava nadando tranquilamente no rio Araguaia quando foi pego pelos pescadores ambiciosos de uma vila próxima ao rio. Quanto mais ele debatia na rede e suas nadadeiras se movimentavam rápido, mais alto ele flutuava até ficar acima do rio e todos ficaram assustados com olhos esbugalhados de tanto susto. Ligaram para o Seaworld, nos Estados Unidos, afim de que ganhassem um bom dinheiro pelo animal exótico.
Logicamente um dos funcionários veio para averiguar, e surpreso com o animal que estava dentro da rede levou-o para o grande parque onde o trataram como a nova grande atração do parque. Ele estava triste, pois a piscina era bem diferente do rio onde vivia. Porém, quando ele ouviu as palmas das crianças ao vê-lo o boto ficou feliz e começou batendo as nadadeiras de tamanha alegria; o que o fez flutuar e ouvir vibrações, gritos de surpresa da plateia.
Essa passou a ser sua vida: atrair mais pessoas e trazer mais lucro ao Seaworld, além de torna-lo feliz até o momento.


DIA DIFÍCIL

 Hoje está tão difícil.  Só queria desaparecer, evaporar como fumaça, e parar de dar trabalho. E ao mesmo tempo eu me sinto tão egoísta.  Te...