sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O VÔO DA BORBOLETA

Queria voar, ter asas como de uma borboleta, coloridas, alegre, grandes.
Fazer as pessoas perceberem minha beleza e minha leveza no ar.
Voar até quando eu não agüentasse mais até parar no alto de uma montanha.
Poder observar do alto, a mais bela paisagem ao meu redor.
Mas queria voar lentamente, observando tudo que acontecia lá embaixo,
E eu tranqüila, não tão rápido como o vôo do beija-flor.
Sentir uma suave brisa tocar levemente meu rosto, podendo contemplar a natureza.
O ar mais puro nunca sentido pelas pessoas no chão, dali poderia ver melhor o céu azul.
As nuvens branquinhas, com textura como flocos de algodão.

Vôo novamente, sem olhar pra baixo, seguindo em frente, e sem rumo.
Sem um lugar certo pra chegar, apenas voando e refletindo, questionando-me.
Mas quando vejo que não tenho respostas para tantas perguntas, paro de refletir e sigo adiante numa viagem cheia de novas paisagens.
Dia e noite sobrevoando as cidades iluminadas devido ao sol ou á escuridão.
Posso contemplar o nascer e o pôr-do-sol tão romântico pra qualquer casal ou o aparecimento da lua, do brilho das estrelas, e o escurecer do céu.

Ás vezes abaixo um pouco, pra sentir o perfume das flores, pra admirar suas cores, únicas e fascinantes, que me paralisam quase como hipnose, de tão deslumbrantes.
Sentir o cheiro de terra e grama molhadas quando orvalhadas pela manhã,
Ouvir o canto dos pássaros nas copas das árvores, ficar ali parada observando tudo.
Ter a liberdade de ir e vir, subir e descer, voar ou ficar parado no ar ou no chão.
Por isso se eu pudesse um dia renascer como um animal, certamente escolheria a Borboleta, um animal pequeno, leve, livre, de uma beleza sutil e natural.

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