domingo, 27 de junho de 2010

DOR


Dor é mais que sintoma físico, e comum na vida de um ser humano. Dor é algo devastador na alma.
Dor é inspiração pra dar profundidade ás reações, como no amor, em poemas de poetas importantes.
Já vivi muitos dias na minha vida sentindo muita dor, seja no início, e ao longo da doença, ou outras circunstâncias, até mesmo no amor.
Dores que muitas vezes me fizeram querer desistir, jogar tudo pro ar, sem vontade de viver.
Deixando pessoas a minha volta, tristes e angustiados, por sentirem impotentes.
Dores fortes e intensas, que faz horas parecerem uma eternidade.
Dores que nenhum analgésico comum faz parar logo de doer.
Dores não apenas nos faz chorar, pela intensidade e frequência, mas por enfraquecerem nossa fé, diluírem nossa esperança, dilacerar nosso coração.
Dores têm muitas, e de vários tipos, mas uma coisa elas têm em comum, deixam marcas e traumas inesquecíveis, irreparáveis.
Medo de tudo que possa lembrar o que passou, e que não quer mais reviver.
Nos consultórios médicos e fisioterapia são onde mais se ouvem reclamações, gritos, choros; “caretas”; tentativas de escapar, mesmo sabendo que são pra melhorar; gemidos de dor.
A dor, mesmo sendo disfarçada com um sorriso, de “não está doendo muito, estou melhor”, não enganam muito tempo quem nos conhece e ama.
As lágrimas rolam pela face, e expressões de que sente dor nos desmascara, nos expõe de uma forma que por mais que queremos poupar, disfarçar, não podemos.
A dor mostra carência de afeto e carinho, a necessidade de distração pra amenizar o clima pesado que a dor provoca.
E uma fragilidade, que muitas vezes, não queremos demonstrar.
Principalmente pra quem não queremos decepcionar, que nos quer e nos vê sempre fortes.
Dor causa tensão, tristeza, e até, pequena depressão em quem sente.
Ou preocupação e aflição aos que veem, sem nada o que fazer.
Quando sentia muita dor, só Vavá cantando pra me distrair, e fazer por alguns minutos esquecer. Mas ele não conseguia sempre.
Emociona-me, só de lembrar o que já passei, e o que muitos por aí passam.
Basta ela amenizar um pouco, para o sorriso sincero e alegria voltarem a nossas faces.
Hoje, as minhas dores estão bem mais razoáveis e muito raras de acontecer com igual intensidade de antes, felizmente.
Mas o medo e o trauma, eu não sei se um dia desaparecerão.
Apenas algumas lembranças muito doloridas da época, e pra meu coração hoje não mais lembrar, foram apagadas.
Mas espero em Deus que medo e trauma sumirão, e que sua misericórdia aos que sofrem não faltará.
As dores fortes? Que Ele permita que jamais voltemos a sentir.
Pois é um momento tão difícil, algo mais que terrível.
São sentimentos que ele provoca, que esse poema, por mais que eu tente, não consigo expressar seus nomes e significados.
Dor tem sua utilidade, pois nada que nos acontece é apenas ruim, ou apenas bom.
Ela que nos mostrar que algo em nós não está bem, seja problema físico ou emocionalmente.
Sinal que precisamos arrumar um meio de melhorar, cuidar, evitar sentir mais vezes, quando possível.
Dor é a campainha que quando tocada, nos desperta para uma realidade que precisamos agir pra cuidar, mudar nós mesmos.
Muitas vezes ela aparece de forma aguda, ou pontadas, como se fosse agulha,ou permanente, nos perturbando o juízo, acabando com nossa paz e alegria.
Para quem sabe, ter paz e alegria verdadeiras?
Pois estaremos realmente bem, e sem a dor pra nos perturbar.

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