quarta-feira, 7 de setembro de 2016

COISAS DO CORAÇÃO


A chuva cai lá fora.
Tudo parece cinzento, melancólico.
A ansiedade me faz ranger os dentes, apertá-los toda hora.
As férias descansam o corpo da jornada diária de oito horas e também uma porcentagem da mente, mas não toda.
Queria que houvesse um “botão” em nós para fazer a mente esvaziar de vez em quando.
A tensão parece não querer sair de mim.
Por que estou assim?
Seria mais fácil se a vida fosse um faz-de-conta, só não sei se teria graça.
A solidão está se tornando minha companheira, além da minha mãe.
Um carinho no rosto, no cabelo, um abraço apertado, ficar junto só curtindo música faz falta.
Conversar, beijar, rir... Como é bom!
Mas ultimamente nos sentimos tão perfeitos que estamos impacientes com as imperfeiçoes do outro, então nada vai adiante.
O egoísmo, os mimos, ciúme, insegurança, medo, distância... tudo faz o bem-querer, o amor irem para último plano.
Será que por isso as relações estão tão fugazes?
Elas estão mais rápidas para terminar do que para começarem, se conhecerem melhor.
As pessoas querem sempre estar certas sobre tudo, levar vantagem e fazem tudo o que puderem para não perderem o poder e ganharem sempre mais e mais.
O amor, a paciência de ouvir o outro sem pressa, sem julgar ou dar conselhos fúteis é tão raro hoje em dia.
Isso tudo entristece a alma, além das dores físicas e do medo maior de ficar só nesse mundo de pessoas tão loucas e às vezes cruéis.
Eu só desejo duas coisas: ser grata a Deus e a quem merece minha gratidão; e me tornar um ser humano melhor fazendo com que quando eu partir dessa dimensão as pessoas sintam algo bom ao lembrarem-se de mim.
Só deixamos aqui o que realmente vale a pena, as lembranças para quem conhecemos.


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