Ela tinha o sonho de conhecer as belezas do Rio de Janeiro e estudar biologia marinha. Ela começou a economizar uma parte do que recebia para comprar a passagem e viajar.
A moça era tão determinada que conseguiu seu objetivo depois de quase um ano.
Felizmente ela tem uma amiga de infância que deixou-a ficar em sua casa por um tempo. O primo de Margareti chamou sua atenção logo que o viu. Ele era carioca, de corpo normal, cheiroso, bronzeado pelo sol e era guia turístico. Ricardo chamou-a para sair e caminhar a beira-mar.
Eles pisavam na areia molhada, e a água batia em seus pés vez ou outra, as mãos deles se entrelaçaram enquanto conversavam. Embora tenham sotaques, dialetos diferentes, nada disso impediu que se entendessem ou gostassem um do outro. Ele a beijou e eles perceberam que tinham um encaixe perfeito das mãos e dos lábios. Cacilda fez um pouco das comidas sergipanas para ele e sua família experimentarem o tempero e saberem um pouco dela, de suas origens.
Ricardo passou um pouco mal, mas gostou dos sabores que ele até então não conhecia.
Ela prestou vestibular para biologia marinha e apesar de sua fé, esperança em conseguir uma bolsa total, a garota estava insegura. Entretanto ela conseguiu a bolsa tão desejada.
Cacilda ligou para sua família toda feliz para contar a novidade.
Sua mãe a parabenizou, mas estava fria. Ela havia perdido sua ajudante e não teria a filha por perto.
Cacilda conseguiu um emprego de assistente de cozinheira num restaurante.
Dois meses depois de trabalhar ela e Ricardo resolveram alugar uma casa pequena e moraram juntos. Ela estudava durante o dia e trabalhava nos fins de semana e foi assim até formar-se. Ela ama o Rio e apesar de sentir saudades de sua terra, família ela se tornou carioca de coração.