Poema é arte de expressar o que sente, deixando a alma se expressar livremente, falando com o coração.
domingo, 20 de outubro de 2019
MONIQUE E AS SUAS CRENÇAS
Monique é uma mulher que vem passando por decepções amorosas, amores não recíprocos desde a adolescência e isso fez com que seu coração endurecesse um pouco. Ela diz para as pessoas que desistiu de encontrar um amor, mas no fundo ela ainda tem um restinho de esperança de que encontre alguém que mexa com seu coração e que esse sentimento seja recíproco. Suas crenças têm mudado. Crenças sobre si mesma, o mundo ao seu redor, e até a parte espiritual. Ela passou a acreditar que quanto mais aberta a gente deixa nossa mente, mais empáticos nós somos com os outros, aceitamos e acolhemos melhor o que é diferente da "nossa bolha". O mundo ao nosso redor se torna mais humano;
Quanto mais fechada, limitada a nossa mente baseado no que era antigamente, nos foi ensinado e não é já alguns anos, mais julgamos o próximo e os atacamos por ignorância, intolerância. Aprender coisas "fora da nossa casinha" nos dá a liberdade de aceitar, gostar ou não de algo e nos revoltarmos com o que vemos todos os dias; mas nos permite respeitar e até admirar, praticar o que antes não conhecíamos. Tudo isso tem tornado Monique uma mulher mais orgulhosa da maturidade que tem adquirido, apesar da insegurança com o próprio corpo. Às vezes ela se sente um mulherão, e também um lixo. Hormônios femininos? Certamente. No entanto, ela não se ilude com as mulheres "perfeitas" que vê nas redes sociais e na tv, pois ela sabe que elas têm uma história de vida nem sempre fácil e são muito mais do que aquela perfeição que aparentam. Só que mídia,rede social iludem, deprimem e acaba. com a autoestima de tantas mulheres que veem isso sempre e se perguntam: por que sou assim? Queria mudar tudo em mim.
Hoje ela sabe que não precisa salvar nem completar ninguém, muito menos ser salva ou ser completada, só quer alguém para acrescentar em sua vida, fazê-la ser ainda mais feliz do que deve ser, e vice- versa. Você se apaixonaria por ela?
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
AS AVENTURAS DE JOSINHA E A CADEIRA DE RODAS
Josinha é uma garotinha peralta e alegre, que não deixa
sua cadeira de rodas e suas limitações físicas impedi-la de viver suas
aventuras, assim como qualquer criança de sua idade.
Josinha teve uma doença que quase ninguém sabe que existe
em crianças, apenas em pessoas idosas, Artrite Reumatóide Juvenil. Essa doença
desgasta os ossos das juntas, como: mãos, pés, joelhos, etc. Além de atrofiar e
causar muita dor, e mesmo com a fisioterapia que ela faz; que impede que a doença
ainda sem cura piore; ela ainda assim sente dores, tem rigidez das juntas quando
acorda, toma remédios para controlar a doença e as dores desde os seus sete
anos. Esta história aconteceu há mais de vinte anos quando nem mesmo os médicos
que cuidam dessa doença sabiam muito sobre ela, por isso suas limitações e
dores aumentaram levando-a para a cadeira de rodas. Hoje felizmente os médicos já
sabem identificar os sintomas de forma mais rápida e pedem os exames certos.
Eles já começam a tratar logo evitando que as crianças sofram como Josinha
sofreu.
A garotinha passou a amar sua cadeira, apelidando-a de
coleguinha e pintando-a de azul e lilás, suas cores favoritas. Ela e sua
coleguinha brincam de esconde-esconde com sua irmã mais nova, Ane. Ane senta em
seu colo e vai segurando e soltando a coleguinha na rua de sua casa, que é uma
pequena ladeira; ou empurra a cadeira da irmã o mais rápido que consegue e
depois solta para que Josinha a freie a tempo para não se machucar. Felizmente quase não passa carros ou motos
ali. Ambas riem e se divertem muito juntas.
Elas estudam, mas como Josinha não tem amigos para
brincar no recreio, Ane lhe faz companhia e lancham juntas. No começo a
garotinha de cabelo preto escorrido sofreu muito, mas hoje ela já aceitou que
seus colegas gostam de brincadeiras, correr e ela não pode. No entanto, ela é
grata e feliz por ter uma irmã que a ama e cuida dela. Elas são uma pela outra.
Sua mãe ficava de cabelo em pé, por causa das brincadeiras
das filhas.
Um dia de sol Ane pediu a mãe um pouco de dinheiro para
comprar picolés, pois o moço passava todos os dias em sua rua vendendo, então
sua mãe lhe deu o dinheiro e a garota saiu saltitante de alegria. A verdade é
que elas planejaram antes de dormir saírem do bairro em que moram e se
aventurarem um pouco até acharem uma sorveteria para comprarem seus picolés.
Elas não imaginavam os perigos que uma cidade tem para duas garotinhas
sozinhas. Por isso saíram orgulhosas da rua e Ane empurrando a cadeira até
cansar, paravam em barzinhos, entravam em comércios, pois o sol estava muito
forte. Elas viram muitas coisas boas, bonitas, mas também viram mendigos na rua
pedindo dinheiro, homens maliciosos oferecendo-lhes doces, ladrões assaltando
pessoas, só que elas seguiram os conselhos de seus pais para não aceitarem nada
vindo de estranhos, nem conversarem com eles, exceto para pedir ajuda. Elas atravessavam
as ruas nas faixas de pedestres, olhavam para os lados ao atravessarem e nada
de acharem uma sorveteria. Josinha e Ane estavam cansadas e com muito medo pelo
que tinham visto, mas estavam longe de casa e não sabiam voltar para casa,
estavam perdidas. No entanto, elas queriam terminar aquela aventura, queriam
comprar seus picolés na sorveteria. Nesse período em que estavam longe de casa
sua mãe foi chamá-las para lanchar e nada de encontrá-las na rua, perguntou
para vizinhos, e como sempre, nestas horas ninguém vê nada, então ela começou a
chorar desesperada. Onde estavam suas filhas? Ligou para o marido e lhe contou
o que aconteceu. Ele largou a oficina mecânica onde é dono e saiu para buscar a
mulher para procurarem as meninas. Só procurariam a polícia em último caso.
Josinha e Ane finalmente encontraram uma sorveteria e
aliviadas foram até lá. Chegando elas pediram picolés de chocolate e de morango,
mas quando foram pagar o dinheiro não era suficiente. O moço que passava em sua
rua cobrava aquilo; elas disseram. A vendedora então vendo como elas ficaram
tristes e aparentavam estar muito cansadas deixou por aquele valor, e perguntou-lhes
por que estavam sozinhas. Elas orgulhosas
lhe disseram tudo. Vilma, a vendedora explicou-lhes que não podiam fazer mais
aquilo, pois era perigoso e perguntou onde moravam, Josinha disse o endereço, mas
que não sabiam como voltar. Vilma voltou ao balcão e ligou para seu namorado
que era policial e explicou a situação das garotas. Ele não demorou a chegar e
carinhosamente levou-as para casa. Seus pais que haviam chegado da rua há
poucos minutos, pois estavam procurando-as, abraçaram-nas aliviados. A mãe
agradeceu ao policial que lhe explicou tudo. Eles colocaram-nas de castigo; um mês
sem brincar na rua; e ainda fizeram-nas prometer que não voltariam a fazer
aquilo. Elas não fariam novamente, pois apesar de tudo que viram e do castigo,
elas viveram uma grande aventura e isso as uniu ainda mais. Elas continuam
grandes amigas além de irmãs.
Ah! Josinha fez novas amizades na escola e ela é feliz, apesar
das limitações, mas ela se supera todos os dias.
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