Uma menininha que amava brincar e sorrir.
O tempo passa e a transforma em uma quase mulher.
Uma jovem com uma bagagem nas costas, mas que tinha sonhos e uma vontade intensa de viver.
Hoje ela é uma mulher que trabalha; que se esforça ao máximo pra ser independente.
Ela está tão cansada de depender das pessoas como antigamente.
Ela não sabe se isso é orgulho bom ou não.
Ela ainda sonha acordada, ama sorrir e quer viajar,sair, namorar...
Porém, ela leva junto consigo o medo da dor.
O medo de passar dor como no passado.
A dor física, que só ela e sua familia sabem como foi.
Isso a deixou tão intolerante a dor que toma o que for pra evita-la.
A dor da rejeição, do abandono e da perda...
Dores que evita ao máximo ficando sozinha, às vezes até dos amigos ela se afasta, mesmo amando-os.
Ela não quer passar por tudo de novo, mas sabe que a perda é inevitável e sofre.
O medo da dor da decepção, essa talvez seja uma das piores que ela já sentiu.
O medo de não ser boa o suficiente e acabar se decepcionando;
Decepcionando as pessoas que ama.
Isso a machuca e a paralisa, a faz abandonar sonhos, deixa de ter objetivo.
O medo dessa dor a angustia, já que não sabe o que fazer.
Ela tem raiva de si mesma por isso.
A gente carrega uma bagagem invisível nas costas enquanto vive.
E esta faz amadurecer; querer ser melhor; deixa lembranças que faz querer sorrir, cantar, dançar...
Só que ela também pode nos estagnar; querer evitar o inevitável; e nos impede de viver o que queremos apenas pelo medo da dor.