Poema é arte de expressar o que sente, deixando a alma se expressar livremente, falando com o coração.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
VIDA
UMA FLOR SOBRE RODAS
Rosa
é uma menina muito inteligente, que ao nascer teve um pequeno problema na hora
do parto, muito difícil de sua mãe, Karen.
Ela é primeira filha do casal recém-casado. Depois
de dois meses, Karen e Ricardo descobriram que a linda menina não andaria mais,
devido às complicações do parto.
Foi uma época
de grande desespero e tristeza para o casal, familiares, amigos.
A pequena Rosa, com sete anos, é uma menina muito
linda com sua pele negra, seus olhos amendoados castanhos claros, seus cabelos
negros cacheados, seus lábios carnudos, desenhados; seu sorriso alegre e
encantador que causa admiração em todos que a veem. Apesar de não ter sido nada
fácil para os pais explicarem a ela que não poderia fazer todas as mesmas
coisas que as outras crianças da idade dela, eles sempre agiram normalmente com
ela, como se age com qualquer criança_ dando-lhe limites, dizendo não e sim
quando são necessários, mostrando que ela tem direitos, deveres, que ela é
capaz de fazer o que quiser se lutar por isso, por mais difícil que seja. Que Deus
a fez muito especial pra Ele. Não esperar as coisas na mão, porque não elas vêm
se não fizer por onde. Davam-lhe muito amor e carinho, ensinavam-na a rezar, levavam-na
à igreja, levavam-na à catequese para mostrar quem era o Papai do Céu, e o
quanto Ele a amava. Todos os dias antes de dormir, ela rezava e agradecia por
estar viva, e ter pessoas que a amam tanto e que ela também ama muito.
Ela estudava
muito, a amiguinha dela, Clara, ajudava-a como podia e conversavam, brincavam
de bonecas, riam juntas. Aquela menininha tão tímida, mulata, com cabelo
crespo, e confiável, leal; era sua única amiga. Embora outras crianças
conversassem com ela, nunca brincavam com a menina, deixavam-na isolada. Isso a
deixava muito triste por se sentir sozinha, e chorava escondido, baixinho para
não deixar os pais tristes. Rosinha tinha sua amiga, mas ela nem sempre estava
disponível, pois tinha a família dela também, portanto, queria ter mais amigos
além de Clara. Além de não ter mais amizades, ter que ver as crianças correndo,
pulando corda, e ela ali sentada sem poder fazer como eles; isso fazia Rosa
sentir-se muito deprimida, diferente de todo mundo.
Ela pedia a
Papai do Céu para fazê-la andar, porque ficar naquela cadeira a deixava muito
chateada, mesmo muito agradecida por Ele tê-la feito viver e ser tão amada. Ela
era muito pequena para entender que na vida nada acontece por acaso, e que se
Deus a pôs ali, Ele tinha um propósito e uma missão pra ela. Rosa necessitava
de cuidados, não por ter uma deficiência, mas por ser delicada, meiga, e ao mesmo
tempo era forte, tendo que usar “espinhos” para se proteger, como uma rosa, que
é o seu nome. Aquela garotinha foi crescendo e observando as coisas que se
passavam ao seu redor, ela sempre via a realidade dos outros, via que há
pessoas em situações piores que a dela, e sentia também um conforto em seu
coração grande e puro, por ser e estar como estava. Só que também se culpava
por ficar triste por seu sentimento de solidão, pela sua luta diária em
comparação ao sofrimento dos outros e se via egoísta.
Começou a se interessar pelos rapazes do colégio,
mas nenhum deles interessava-se por ela, fazendo-a se sentir insegura, triste,
a pior pessoa do mundo, feia, algo que não era. Ao contrário, Rosa era linda,
tinha um corpo muito maravilhoso nos seus 15anos.
Aos 17 ela
se forma no colegial, tenta vestibular e passa no curso de seu sonho, biologia,
pois assim, podia descobrir meios de quem sabe sair da cadeira de rodas, e
também ajudar outras pessoas, através de pesquisas. Seus pais sempre a ensinara ajudar o próximo.
Na verdade, pensar mais nos outros que em si mesma. Claro que ajudar os outros
a fazia bem, não era somente motivo de fuga de si mesma. E ela procurava não
pensar em si mesma para não sofrer, e achava que se pensasse em si, estaria
sendo egoísta. Sempre procurou colocar a família, Clara, conhecidos e até
desconhecidos em primeiro plano em sua vida. Lutava para ser forte, e realizar
seus sonhos, objetivos sem desistir, às vezes se sentia tão frágil, sem forças,
insegura, mal consigo mesma, sozinha, mas precisava disfarçar para seus pais e
até mesmo, sua melhor amiga não perceber nada. Era sempre brincalhona, dava
força para as pessoas, era amiga de quem gostava dela, vivia sorrindo para se
sentir mais alegre e fazer as pessoas ao redor dela sentirem felizes e
refletirem mais sobre a vida deles. Sua companhia eram os livros de romance,
televisão e os pais. Estudava muito, pois pensava muito em seu futuro e se
cobrava muito para mostrar para ela mesma que era capaz. Sua amiga Clara, havia
mudado de cidade, estudava e trabalhava, e raramente se falavam, pois a vida
das duas era muito corrida, mas quando se viam elas se divertiam muito e
colocavam os papos em dia. Rosa se apaixonou por um rapaz que se chamava Patrick
e ele a deixava sem palavras. Diferente dos rapazes que conheceu, ele era
inteligente; bem humorado; fiel; leal; com objetivos; sensível, enfim, o jeito
dele encantava-a imensamente. Ela viu nele um novo amigo, se divertiam muito
juntos quando se encontravam, e existia como que uma magia entre eles, que
tornava o encontro deles muito especial. Ele morava longe, tornando complicada
uma possível relação amorosa entre eles. Nem o que ela sentia por ele a fazia
se desconcentrar de seus objetivos, e também ele dava muita força para ela
continuar lutando, pois acreditava que ela era muito capaz, pelo menos era o
que ele passava para ela, e Rosa sentia essa confiança que ele tinha nela. Seus
pais ajudavam-na a estudar, levavam-na à faculdade, para casa de colegas para
fazer trabalhos, eram sempre muito dedicados a sua única joia. Ela sempre grata
a toda dedicação, também se dedicava o máximo possível para não decepcioná-los.
Isso seria demais pra ela, ver um dia seus pais sofrendo por sua causa, mais do
que ela já os fazia sofrer, ou pelo menos ela sentia muitas vezes um peso para
eles. Às vezes ela fazia até certo sacrifício, como ficar em casa, sem sair,
porque pensava que só estudando muito, ou os fazendo companhia, poderia
recompensá-los de alguma forma para se orgulharem dela.
Ela se formou. O dia de sua formatura foi muito
emocionante pra ela, seus familiares e sua melhor amiga, que veio especialmente
pra vê-la em um dia tão especial. Foi um abraço forte com carinho e admiração
que ela sentia por Rosa. Patrick não faltou, e ela ficou radiante, seus olhos
brilharam quando o viu sorridente e emocionado por vê-la tão linda. Ele a
abraçou de um jeito que ela nunca foi abraçada. Isso a deixou sem jeito, e ao
mesmo tempo, felicíssima. Aquele foi o dia mais feliz de sua vida.
Logo ela
conseguiu emprego, pois suas notas eram as melhores da turma, e sua dedicação
era vista por todos que trabalhavam com ela, pois tinha um grande potencial.
Aos 21 anos, ela dá o primeiro beijo de amor na sua vida, no seu amado. Foi um
beijo diferente, mágico, como todos os momentos que ela tinha com ele. Ficavam
se encontrando, pois ele foi pedir permissão aos pais dela pra namorá-la, pois
ele se apaixonou pela mulher que ela era, o jeito dela, nem via sua limitação
física e tinha orgulho dela. Daí eles ficaram juntos, e ela trabalhando no que
gostava. Podemos chamar de um final feliz, embora seus dilemas, insegurança
consigo mesma, medos, frustrações, auto cobrança... Nunca acabarão, mas foram
deixados de lado por um tempo, para aproveitar bem o momento em que vivia.
domingo, 8 de novembro de 2009
O PODER DE UM DEFICIENTE
Deficiente tem mais poder que possa imaginar, muitas vezes nem se da conta
JORDANA
Cara, tenho pensado tanto em minha vida ultimamente: os erros, acertos, arrependimentos, medos… Mas vou voltar uns anos para vocês enten...
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